Os Dias Eram Assim

Globo divulga data de estreia de nova supersérie, com Sophie Charlotte de protagonista

Sophie Charlotte e Renato Goés interpretam Alice e Renato na supersérie Os Dias Eram Assim. Foto: Divulgação/TV Globo

O ano é 1970, estamos no Rio de Janeiro. A revolução dos costumes a pleno vapor, facilmente notada no comprimento da minissaia dos “brotos”, no discurso libertário de Leila Diniz impresso nas páginas de O Pasquim. Pelas ruas da cidade, a rapaziada também conduz outra revolução: nas provocações pichadas nos muros da cidade e nos gritos abafados contra a ditadura, a busca pela liberdade. É neste contexto que se desenrola a trama da já tão aguardada supersérie Os Dias Eram Assim. E, finalmente, a Globo divulgou a data de estreia da produção. Será no próximo dia 17.

Na trama, quem carrega esse sentimento de liberdade típico da época são a estudante de Letras Alice (Sophie Charlotte) e o jovem residente em Medicina Renato (Renato Góes). Ela questionando o pensamento conservador da família, que quer limitar as mulheres ao papel de boa esposa e mãe; ele, acreditando que sua forma de transformar o mundo é pela vocação de cuidar do outro, independentemente de ideologias. Mas, quando seus caminhos se cruzam, os dilemas ganham novo significado em uma intensa história de amor: da ruptura inesperada, a impossibilidade de viver um sonho que é só dos dois.

De Angela Chaves e Alessandra Poggi, Os Dias Eram Assim é um drama amoroso clássico. “A trama nasceu da vontade de contar uma história de amor forte como o tempo e apesar do tempo”, introduz Angela, sobre a relação dos protagonistas, afetada pelo contexto histórico.  “Vamos acompanhar suas vidas atravessando os anos de chumbo, passando pela anistia política e chegando até a campanha pelas Diretas Já, em 1984, ano em que a maior parte da trama se concentrará”, completa Alessandra.

Com longa trajetória como roteiristas na Globo, Angela e Alessandra, no entanto, são estreantes como autoras titulares. Com a supersérie, a dupla pretende passar uma mensagem positiva para o público. “Espero que as pessoas se emocionem e que embarquem na aventura de cada um. São todos personagens intensos e românticos, porque transbordam desejo e transgressão. A partir daí, que reflitam sobre a importância da liberdade, da tolerância e da democracia”, comenta Angela. E Alessandra completa: “Que em nome do amor, não devemos disseminar o ódio. Que em nome da liberdade, não devemos apoiar a violência. Que para haver respeito, é preciso por um fim no preconceito”.