Bolso cheio

Sem fazer nada, FPF já lucrou quase R$ 500 mil no Brasileirão

Presidente da FPF, Hélio Cury não explicou onde o dinheiro é investido. Foto: Arquivo

As séries A e B do Campeonato Brasileiro ainda está na 23ª rodada, enquanto a Série D acabou no último domingo (10), com o Operário campeão, mas a Federação Paranaense de Futebol (FPF) já faturou R$ 500 mil graças aos seus filiados.

A cada jogo de um clube paranaense como mandante no Brasileirão, independentemente da divisão, a FPF fica com 5% de todas as receitas brutas de bilheterias. Ou seja, mesmo que a receita líquida para o time seja negativa, com os custos superando o dinheiro que entra, a Federação recebe. E assim foi com os jogos como mandantes de Coritiba, Atlético, Paraná, Londrina, Operário, PSTC e Foz.

A maior parte saiu dos jogos da Série A. Só a dupla Atletiba já repassou durante o Brasileirão, até o Atletiba de domingo (10) o valor de R$ 346.810,30 para a FPF. Um montante que já é maior com o clássico, mas o borderô ainda não está disponível no site da CBF, e que ainda aumentará até o final do ano, quando a tendência é que os estádios fiquem mais cheios com os últimos jogos da competição e gerem bilheterias maiores.

A determinação que 5% da receita bruta seja destinada as federações estaduais é da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e está descrita no artigo 78 do Regulamento Geral das Competições da entidade.

“Os valores pagos anualmente em taxas têm contribuído para tornar o futebol cada vez mais caro, uma situação que reflete no consumidor final. Não falamos apenas das altas quantias pagas em jogos, mas também no registro de atletas e qualquer outra medida administrativa”, lembrou o vice-presidente do Coritiba, Gilberto Gribeler.

“Além de administrar os altos salários de atletas, custos operacionais, impostos e outras obrigações já certas, precisamos considerar esta taxação. Mais um numerário para ser somado aos custos com arbitragem, bolas, ambulância, segurança e todo o aparato para realizar um partida, além da promoção dos jogos e torneios. Basta saber com qual finalidade este recurso será usado e se haverá benefício para o esporte ou para os clubes”, acrescentou o dirigente.

A reportagem procurou a Federação para comentar o assunto, explicar a importância deste dinheiro arrecadado e como ele é investido em outras competições que normalmente não dão receita. Porém, a entidade informou que não comentaria o assunto.