agora é tricolor

Zezinho dá recado para torcida do Paraná Clube e diz que não é “marqueteiro”

Zezinho comera gol Tricolor. Foto. Marcelo Andrade

Autor do terceiro gol do Paraná na vitória convincente sobre o Prudentópolis no último sábado (10), por 3×0, na Vila Capanema, o meia Zezinho quer deixar claro ao torcedor paranista que está dando o seu melhor para honrar o manto Tricolor e pediu para que qualquer problema do passado seja esquecido. O jogador foi aplaudido por sua atuação, mas dentro da Vila Capanema já saiu de campo, em outras ocasiões, sob as vaias da torcida.

“Essa marcação vem pelo passado que eu tive no rival e por uma declaração que fui infeliz. Eu às vezes fico em entender essa cobrança, pois estou mantendo a regularidade, independente dos resultados. Sou jogador que joga para a equipe. Não vou dar carrinho na lateral para o torcedor gritar meu nome, não é do meu perfil. Quem me conhece, sabe que sou assim. Podem me vaiar ou me aplaudir, eu vou estar aqui sempre honrando a camisa do Paraná. Até vou deixar um recado para o torcedor. Vou correr sempre em prol do Paraná. Não sou marqueteiro, não fico postando nada em Redes Sociais para aparecer, tenho minha índole e todos sabem. Então, se a torcida quiser continuar pegando no meu pé, eu vou continuar sempre sendo o mesmo para tentar ajudar o clube no que for possível”, explicou.

Quando chegou à Vila Capanema, em janeiro de 2017, o jogador teve que se explicar em relação a uma declaração que fez no Campeonato Paranaense de 2014, quando defendia o time Sub-23 do Atlético. Zezinho disse que o Rubro-Negro era o único time grande de Curitiba e que o salário em dia seria a motivação para o Atlético eliminar o Paraná no Estadual. Na época, o Tricolor enfrentava sérios problemas financeiros e estava em débito com o elenco, que não recebia os salários há meses.

Agora, o jogador se diz mais maduro e contou com o apoio do técnico paranista para acreditar que pode ter seu espaço entre os titulares.

“O professor Wagner (Lopes) é uma pessoa que tem um caráter muito grande. Tivemos uma conversa e isso abriu meus olhos. Eu tenho 25 anos, já rodei bastante. Então, eu não posso aceitar as coisas se arrastando comigo mesmo. Ele me disse que precisava de mim e isso me motivou ainda mais. Coloquei na minha cabeça que tinha que ser exemplo para quem chegasse e ter uma liderança dentro do grupo. Isso me motivou e tenho trabalhado forte. Vou buscar o meu espaço cada vez mais para continuar no time e seguir jogando”, explicou o atleta, que enfatizou que o gol marcado demonstra a dedicação que está tendo em contribuir com o time e que quer a torcida do seu lado.

“Esse gol representa que estou trabalhando sério. Se eu fosse um cara mau caráter, até entenderia as vaias e as cobranças. Mas é futebol e estou nesse meio há muito tempo, então não me importo. Uma hora vai passar. Se eu continuar trabalhando sério, como venho fazendo, a torcida vai ver que estou dando o meu máximo e isso vai acabar. Trazendo a torcida para o lado do grupo, faremos da Vila Capanema um lugar difícil de jogar contra nós”, concluiu.