Ficou pra trás

Troca de técnicos e outros erros da diretoria do Paraná são minimizados

Marcos disse que elenco também tem responsabilidade pela má campanha do Paraná. Foto: Daniel Castellano

Ver o técnico Claudinei Oliveira fazendo sucesso no Avaí e levando a passos largos o time catarinense ao acesso à Primeira Divisão remete a qualquer torcedor do Paraná a pensar no equívoco cometido pela diretoria ao dispensar o treinador ainda na reta inicial da Série B. Não apenas as mudanças no comando técnico, mas sobretudo a falta de convicção na linha de trabalho a ser seguida podem explicar a fase ruim do Tricolor que ainda luta para não cair para a Série C de 2017.

O goleiro Marcos, jogador mais experiente do time, capitão e ídolo do clube, preferiu não entrar em polêmicas e acredita que os equívocos cometidos pela diretoria neste ano terão que ser discutidos somente após o término da competição. Com isso, o foco, segundo ele, está em livrar de vez o Paraná do risco de queda.

“O momento não cabe voltar atrás. No momento, temos que pensar no agora. Temos a consciência que temos que melhorar e temos que sair dessa situação complicada e difícil, até para dar uma tranquilidade para nós, para o clube e para o torcedor. E depois, no final, daí sim, a gente sentar com a diretoria, ver o que foi feito, se foi com equívoco ou não, para que erros não venham a ser cometidos outras vezes”, declarou o goleiro paranista.

Depois de demitir Claudinei Oliveira após a goleada por 5×1 para o Náutico, em Recife, ainda pela oitava rodada da Série B, a diretoria apostou no técnico Marcelo Martelotte, mas a realidade do clube pouco mudou. Por fim, sem qualquer chance de acesso, chegou há um mês Roberto Fernandes, mas os resultados foram ainda piores, já que o Tricolor conseguiu apenas uma vitória com o novo treinador e segue próximo da zona de rebaixamento.

Diante deste quadro, Marcos afirmou que a responsabilidade precisa ser dividida também com os jogadores. Em que pese o time paranista ter perdido jogadores importantes, como os volantes Basso e Jean, além do atacante Róbson, o grupo não deu a resposta esperada em campo, independentemente do comando técnico.

“Nesse momento não vou colocar mais lenha na fogueira. A gente está em uma situação complicada e difícil. Nós, atletas, temos que assumir a responsabilidade, sim. O clube honrou desde o início do ano todos os salários e deu todas as condições para que a gente pudesse trabalhar. A culpa não é só da diretoria, mas é nossa também. A gente tem que demonstrar isso dentro de campo, honrar essa camisa, que para mim tem muito valor”, arrematou ele.