Complicou

Sem vencer há sete jogos, Martelotte se vê ameçado no Paraná

Contratado para levar o Paraná ao acesso, técnico admitiu que resultados não estão vindo e precisa de cabeça fria para analisar a situação. Foto: Hugo Harada

O sonho de conquistar o acesso ainda nesta temporada está cada vez mais distante para o Paraná Clube. Irregular, desorganizado e sem consistência, o time paranista foi derrotado pelo Bahia por 3×0, sábado (27), na Arena Fonte Nova, em Salvador, permaneceu com 26 pontos e, agora na 16ª colocação, está somente uma posição acima da zona de rebaixamento da Série B, cinco pontos à frente do Bragantino. Sem vencer há sete rodadas, o Tricolr vai tentar se recuperar nesta terça-feira (30), às 19h30, na Vila Capanema, quando enfrenta o Sampaio Corrêa, lanterna da competição.

O técnico Marcelo Martelotte, que assumiu o comando da equipe em junho, substituindo Claudinei Oliveira, chegou para ser o salvador do ano do clube para conseguir o acesso. Porém, os resultados não apareceram e o treinador já está pressionado no cargo. Por isso, ele prega cabeça fria para que a melhor decisão seja tomada neste momento delicado.

“Existem sempre três possibilidades nesses casos. Uma, que normalmente acontece, é pela diretoria definir por uma troca. A outra é do profissional decidir por uma saída. A terceira é os dois conversarem e ter uma conclusão. Isso nós estamos falando em mudança. Isso pode acontecer. Não elimino nenhuma. É um momento delicado, até por você ter trabalhado por uma condição melhor, por um posicionamento melhor na tabela, por uma pontuação melhor. E o momento não mostra isso. A diretoria tem o pensamento dela, não pensei a respeito disso. A gente precisa de cabeça fria para analisar o futuro”, declarou o treinador, após a partida.

Contra o Bahia, o Paraná reforçou sua marcação no meio de campo e até iniciou bem a partida, mas, ainda na metade da etapa inicial, passou a ser amplamente dominado pelo adversário. Depois de o atacante Fernando Karanga perder duas boas chances, o Tricolor viu os baianos chegarem perigosamente, mas Marcos e a trave salvaram.

Mas, no segundo tempo, não teve jeito. O Paraná parece não ter voltado do intervalo e o Bahia demorou apenas dois minutos para abrir o placar com Edigar Junio, ex-Atlético. Sem reação, o time paranista virou presa fácil para o Tricolor de Aço, que conseguiu ampliar a vantagem com Juninho, aos 13. Ainda na metade do segundo tempo, Allano fez o terceiro, ampliou a vantagem e, no final, a equipe de Marcelo Martelotte se livrou de tomar mais gols.

O comandante paranista, depois de mais uma derrota, admitiu que a briga pelo acesso terá que ser deixada de lado para que o Tricolor possa sair, o quanto antes, dessa situação ruim. Além da pontuação, que dificulta bastante a briga por uma vaga no G4, o futebol apresentado também coloca o clube longe da parte de cima da classificação.

“Infelizmente, as coisas não estão acontecendo. Isso me deixa muito triste, a gente tinha um sonho de subir o time. Nesse momento nós temos que se unir e conseguir os resultados para sair da situação difícil”, finalizou Martelotte.

Desembargador Afinho! Veja mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!

Receba notícias no seu Facebook!