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Promessa de manter o elenco o ano todo não deu certo

Artilheiro do Paraná na Série B, Róbson é um dos poucos remanescentes do elenco do Estadual que seguem bem. Crédito: Albari Rosa

Marcos; Nei, Luis Felipe, Alisson e Fernandes; Jean, Anderson Uchôa, Válber e Nadson; Róbson e Lúcio Flávio. Este era o time considerado titular no início da atual temporada e que seria permanecido ao longo de todo 2016. Oito meses depois, três foram embora (Nei, Luis Felipe e agora Jean, que foi para o Corinthians), Lúcio Flávio perdeu espaço e esta base praticamente não foi mais escalada ao longo da Série B do Campeonato Brasileiro.

Com dificuldades financeiras, o Tricolor prometeu que não repitiria os erros de anos anteriores, quando após o Estadual o elenco foi praticamente todo reformulado para a disputa da competição nacional, mas acabou não surtindo efeito e trazendo mais prejuízo aos cofres. A ideia era utilizar o Paranaense como um laboratório, para fortalecer o time e, em seguida, buscar apenas as peças necessárias para melhorar o grupo.

Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Além dos três titulares, outros já deixaram o clube desde o término do Estadual, quando o Paraná ficou em terceiro lugar, mesmo entrando sem expectativa nenhuma, e várias contratações foram feitas.

Quase um time novo completo chegou: o lateral-direito Diego Tavares, os zagueiros Leandro Silva, Pitty e João Paulo, os meias Murilo Rangel, Marcelinho e Cristian e os atacantes Henrique, Robert e Fernando Karanga. Destes, Marcelinho e Robert, inclusive, ja foram embora e a diretoria promete trazer novos nomes para repor as recentes saídas.

Atualmente, o elenco conta com 27 jogadores, sendo que quase metade dele não inicou a temporada. A promessa de que apenas contratações pontuais seriam realizadas já não aconteceu, e à medida que a Série B vai passando e os resultados não aparecem, este número pode aumentar, se tornando um círculo vicioso.

Além disso, o técnico Marcelo Martelotte, que também chegou com a Série B em andamento, vem perdendo opções para o departamento médico, o que complica a manutenção de uma equipe titular e o obriga a até mesmo improvisar jogadores uma vez que o elenco está enxuto apesar das contratações.

Diante de tantos problemas, o Tricolor vem cometendo velhos erros que acabam se refletindo dentro de campo e indo contra a filosofia de trabalho prometida para 2016. Porém, tudo pode ser ‘escanteado’ se o time novamente embalar com uma sequência de vitórias e voltar a sonhar com o G4. Mas, até lá, a bola de neve só vai aumentando.

Vitória de Petraglia! Leia mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!

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