Saindo faísca

Paraná Clube e Londrina acirram rivalidade e agitam a Segundona

Ano passado, na Vila, deu Tricolor por 2x1, em jogo cheio de divididas fortes como essa aí. Foto: Albari Rosa

Próximos na classificação na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, Paraná Clube e Londrina protagonizaram, recentemente, duelos acirrados, com declarações polêmicas e, sobretudo com ingredientes que apimentaram o embate dos dois representantes do Estado na segunda divisão. Por isso, semana deste clássico regional pela competição nacional, que acontece sábado (16), às 19h, na Vila Capanema, gera uma expectativa maior das duas torcidas e da imprensa.

As rusgas entre os dois clubes se afloraram na disputa do Campeonato Paranaense do ano passado. No duelo entre Londrina e Paraná Clube, realizado no estádio Vitorino Gonçalves Dias e vencido pelo Tubarão, a diretoria paranista criticou muito a estrutura do palco da partida. Na ocasião, inclusive, o duelo foi paralisado por falta de energia e irritou muito o Tricolor.

“É uma vergonha jogar nestas condições, infelizmente o futebol paranaense passa por isso. Você coloca os profissionais para passar no meio da torcida da casa, isso é uma vergonha, infelizmente por isso o futebol paranaense vem sendo desvalorizado”, disparou, na oportunidade, o presidente Leonardo Oliveira.

Outro ataque partiu do então diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. “Quando os times menores querem ganhar dos grandes eles apelam. É um velho chavão do futebol, típico dos times de província. Não cortam grama, a iluminação parece de boate e o vestiário é horroroso”, atacou Vavá.

No mesmo dia, o presidente do LEC, Felipe Prochet, rebateu as declarações do mandatário paranista e garantiu que as críticas não passaram de desculpas de perdedor. “Para mim, isso não passa de desculpa de perdedor, de quem não sabe perder. Concordo que houve a falha na iluminação, mas o tempo em que a iluminação esteve reduzida, quem jogou melhor foi o time deles. Fizemos o possível para recebê-los e tratá-los bem, acho que não precisava disso”, afirmou o dirigente, na oportunidade.

Prochet seguiu atirando. “Acho que os únicos times que podem falar de estádio, um 100%, o Atlético, que tem uma arena de Copa do Mundo, e o outro é o Coritiba, que tem um estádio estruturado. O resto é tudo ‘padronizado’, todos com limitações, nenhum 100%. Eles (Paraná) têm dois, mas não têm nenhum. Tem que demolir os dois e tentar fazer um”. E ainda terminou dizendo que “infelizmente, tem uns tontos que vêm aqui criticar, mas temos que saber aceitar também”.

Terceira força?

As polêmicas não pararam por aí. Na disputa do Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado, o Londrina chegou a brigar pelo acesso, fez uma campanha muito melhor que a do Paraná Clube e isso gerou declarações mais fortes de dirigentes e jogadores do Tubarão. O diretor de futebol da equipe londrinense, Ocimar Bolicenho, que já foi presidente do Tricolor, afirmou que seu atual clube era a terceira força do Estado.

A declaração do cartola foi reforçada pelo zagueiro Silvio, que garantiu que o Tubarão, no ano passado, era a terceira força do futebol paranaense. “Seria demagogia, bobagem, eu não acreditar que hoje o Londrina é a terceira força do Estado. O Londrina é a terceira força por causa de um todo, as conquistas do ano passado, a estrutura e o planejamento. Você olha para o nosso clube e vê perspectiva de progresso. Por isso, eu acredito que vamos cada vez mais se consolidar com terceira força”, disse.

O momento agora é outro. O Paraná Clube, que teve muitas dificuldades na Série B do ano passado, está agora brigando diretamente pelo acesso à primeira divisão. O Tricolor, mais estrutura e com sua gestão no futebol mais profissional, deve brigar até o fim da temporada para voltar à elite do futebol nacional. O Tubarão, por sua vez, quer comprovar seu bom momento nas últimas temporadas e, para isso, vencer o clássico contra o time paranista, sábado, na Vila Capanema, será fundamental para as pretensões do time de Claudio Tencati na luta pelo acesso à primeira divisão.