Em Brasília

Paraná Clube ainda sonha em manter a Vila e faz trabalho político nos bastidores

Presidente do Paraná Clube, Leonardo Oliveira esteve em Brasília se reunindo com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani. Foto: Divulgação

O Paraná Clube ainda não desistiu de recuperar a posse definitiva da Vila Capanema e trabalha nos bastidores políticos para isso. Na última quinta-feira (5), o presidente paranista Leonardo Oliveira esteve reunido em Brasília com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, para tratar do tema. Também estiveram presentes o superintendente geral do Tricolor, Oliveiros Machado, o vice-jurídico do clube, Luiz Berleze, além do deputado federal João Arruda (PMDB-PR).

Buscando um acordo político para ficar com a propriedade, o Paraná Clube vem mantendo reuniões com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), a Advocacia Geral da União (AGU), além do próprio Ministério do Esporte.

Principal aposta do Tricolor, entretanto, a oferta de outra propriedade do clube em troca da Vila inicialmente não foi bem recebida pela União, que, por outro lado, segue aberta a outros tipos de acordo.

Mesmo assim, o clube segue com esperanças em uma solução via permuta. Isto porque esta saída pode ainda ser vista com bons olhos pelo próprio Ministério do Esporte, assim como pela prefeitura de Curitiba e governo do Estado, que acompanham o desenrolar do caso.

Se o caminho for de fato uma troca de propriedades com a União, a prefeitura e o governo terão de demonstrar interesse neste outro imóvel que o Paraná oferece como permuta para que o acordo avance.

Ainda no ano passado, o clube ofereceu à União partes das sedes da Kennedy e Boqueirão para ficar com a Vila Capanema. Segundo os envolvidos, “existe boa vontade” das partes para se chegar a uma conciliação que ponha fim ao longo processo jurídico relativo à propriedade que se arrasta há 45 anos .

Em março do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) confirmou que o Paraná perdeu para a União o processo de posse da Vila. No entanto, o clube pode ainda entrar com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por fim, apelar a um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF).