Currículo

No Paraná, Wagner Lopes tentará, enfim, se firmar em um clube

Wágner Lopes teve seu melhor aproveitamento no Goiás, em 2015, mas desentedimentos fizeram ele ser demitido. Foto: Divulgação/Goiás

Nos últimos anos, apesar da mudança da diretoria, o Paraná Clube vem iniciando as temporadas apostando em técnicos que não estão tão fortes no mercado. Desde que foi rebaixado, alguns nomes chamaram a atenção, como Saulo de Freitas (2008), Ricardinho (2012), Milton Mendes (2014) e Luciano Gusso (2015).

Desta vez, o escolhido foi Wágner Lopes, que terá a missão de iniciar 2017 no comando da equipe. Aos 47 anos, ele ainda está no início da carreira como treinador, mas já tem um currículo extenso. Desde 2010 como técnico, ele já comandou dez clubes diferentes. Começou no Paulista de Jundiaí, passando por Pão de Açúcar, Comercial, São Bernardo, Botafogo-SP, Criciúma, Atlético-GO, Goiás, Bragantino e Sampaio Corrêa, seu último trabalho na Série B deste ano, quando saiu em agosto, por conta dos resultados ruins.

Neste período, somou apenas um título, o da Copa Paulista, em 2011, pelo time de Jundiaí, e disputou a Série A uma única vez, em 2014, quando assumiu o Criciúma. Em termos de números, fez um ótimo trabalho no Goiás, em 2015, quando em 15 jogos somou dez vitórias, quatro empates e uma única derrota, totalizando 75% de aproveitamento. Porém, o desgaste interno por conta de uma crítica dele ao elenco, principalmente aos garotos da base, pesaram mais que o desempenho no campo. Ele foi substituído por Enderson Moreira e o clube goiano acabou conquistando o título estadual.

Na verdade, Wagner Lopes é mais conhecido pelo seu passado como jogador. Natural de Franca-SP, ele passou quase toda a carreira no Japão, onde chegou em 1987 e ficou até 2002, quando se aposentou. Neste meio tempo, se naturalizou japonês e defendeu a seleção do país entre 1997 e 1999, disputando a Copa do Mundo de 1998 e a Copa América de 1999.

Depois, retornou ao Brasil e iniciou a carreira como técnico, com um estilo estudioso. Começou como assistente, voltou ao Japão para fazer um estágio no Gamba Osaka e atualmente vem fazendo vários cursos para se aprimorar. Inclusive, está terminando um agora no final do ano para vir para Curitiba.

“Assim que o curso terminar, estarei em Curitiba. Mas, já conheço a estrutura do Paraná e tenho a certeza de que vamos fazer um grande trabalho, mesclando jogadores da base no grupo principal”, disse ele, ao site oficial do Tricolor.

No único trabalho em que realizou na Série A, Wagner Lopes conviveu o tempo todo na briga contra o rebaixamento. Até por isso, à época adotou muito o 4-4-2, com três volantes de marcação, um atacante de velocidade e mais um centroavante. Dois anos depois, dificilmente ele manterá esse mesmo esquema, uma vez que o Paraná entrará na Série B mais uma vez com o objetivo de brigar pelo acesso.