E agora?

No Paraná Clube, a dúvida é quem será o novo camisa 10

Vida que segue. O Paraná busca um armador e Renatinho treina no Engenhão com o Botafogo. Mas que é estranho, é. Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo

Sem poder contar com o craque Renatinho para a temporada 2018, o Paraná Clube busca um substituto à altura para o setor de criação. O meia, que chegou ao Tricolor no ano passado para a disputa do Campeonato Parananese, mas acabou permanecendo até o final da Série B, agora veste a camisa do Botafogo.

Criativo na armação das jogadas e também decisivo nas finalizações, Renatinho deixou no Paraná a marca de 18 gols e 13 assistências. Por isso, a diretoria paranista tem a difícil missão de encontrar um novo camisa 10, como explica Rodrigo Pastana, executivo de futebol do Paraná.

“Para a posição do Renatinho, não tem tantos nomes no Brasil. É um jogador com dinâmica, bom com a bola parada e chegada na área. É um jogador diferente, não tem tantos no Brasil”, disse Pastana, que, apesar de ainda ter a expectativa de contratar mais um meia de criação para o elenco, destacou também o fato de o mercado da bola estar inflacionado.

“Infelizmente o mercado nacional do futebol está absurdo. Atletas e agentes estão sonhando com valores que não existem, nem para nosso país, pela condição sócio-econômica em que vivemos, e muitos menos para os clubes, que têm grandes obrigações como o Profut, atos trabalhistas, além de cumprir seus orçamentos”, analisou Pastana.

Caso essa possível contratação demore a chegar, o técnico Wagner Lopes poderá escolher para vestir a camisa 10 um atleta já integrado ao elenco neste início do Campeonato Paranaense. Duas opções para a posição são Zezinho, no Paraná desde janeiro do ano passado, e João Paulo, recém-contratado e apresentado oficialmente à imprensa na última sexta-feira. Vindo do Santa Cruz, João Paulo promete brigar pela vaga, mas descarta comparações com o R10 da Vila Capanema.

“Renatinho foi o artilheiro do Paraná, fez a história dele. Vou trabalhar para fazer a minha história. Vou dar o meu melhor em cada treino, em cada jogo para, com os meus companheiros, conseguir objetivos mais altos”, contou o atleta que destacou a importância do trabalho em equipe. “Trabalho forte no dia a dia para conseguir o objetivo de chegar o mais longe possível nas competições, mas sei que sozinho não vou conseguir nada, trabalho com meus companheiros, com a diretoria e com a comissão técnica”, finalizou.