Aposentadoria

Marcos prevê uma despedida do Paraná Clube com muita emoção

Neste sábado, Marcos faz seu último jogo como profissional e se despede da torcida paranista. Foto: Jonathan Campos

O derradeiro compromisso do Paraná Clube na Série B, contra o Boa Esporte Clube, neste sábado (25), a partir das 17h30, no Couto Pereira, marca também a despedida do goleiro Marcos, após 20 anos de carreira como profissional. Revelado nas categorias de base, ele teve uma longa passagem pelo futebol português, mas voltou ao Tricolor onde, nunca escondeu, pretendia pendurar as chuteiras.

No entanto, a hora de parar não está sendo fácil, apesar de natural. “É uma decisão muito difícil, por mais que a gente se prepare, a hora de parar dá um frio na barriga, um medo do desconhecido, saber o que a gente vai fazer depois”, diz. A decisão definitiva de parar ficou balançada com o pedido das filhas e dos companheiros de time para que ele não parasse.  “Eu já sabia que estava no final, mas só caiu a ficha quando cheguei em casa e conversei com a família e minhas filhas e atleta pediam pra não parar”, disse.

Apesar da alegria do acesso à Série A, foi um ano diferente para o jogador, com pouquíssimas atuações. “Este ano me lesionei muito e o corpo começa a reclamar, mas parar foi, talvez, a decisão mais difícil da minha vida”.

Jogadores pagam aposta depois do acesso

Se a hora de parar já trouxe emoção, o goleiro já imagina como estará o astral para o jogo da despedida de alguém que passou mais da metade da vida correndo atrás da bola. “Dá um frio na barriga, não em relação ao jogo pelos três pontos. É meu último jogo e vou desfrutar. Com certeza o coração vai bater mais forte e vou ter que me controlar pra não fazer nenhuma cagada”, brincou.

Sobre o futuro, ele deve ficar no clube, mas ainda não sabe, exatamente, que função vai desempenhar fora das quatro linhas. “Conversei com a direção e perguntaram o que queria fazer. Aí pensei: tô com moral”, brincou. “Mas eles me deixaram à vontade pra trabalhar na base, na comissão técnica ou onde desejar e fico feliz pelo reconhecimento. Mas ainda vou pensar”.

Com praticamente uma vida dedicada à bola, Marcão sabe exatamente do que mais vai sentir saudade. “Vou sentir falta do dia a dia, pois amo fazer isso aqui. Por mais experiência que eu tenha, sempre busquei dar o meu melhor. Amo tudo isso daqui”.