Péssima fase

Hélcio e Martelotte jogam a toalha: o negócio é escapar do rebaixamento

Leandro Silva sofreu com Edigar Júnio na derrota do Paraná Clube na Fonte Nova. Foto: Jéssica Santana/Estadão Conteúdo
Leandro Silva sofreu com Edigar Júnio na derrota do Paraná Clube na Fonte Nova. Foto: Jéssica Santana/Estadão Conteúdo

A atual diretoria do Paraná lidera o clube desde março do ano passado, quando Rubens Bohlen renunciou. Naquele ano, a conversa já era sobre se reorganizar internamente, corrigir erros anteriores e buscar o acesso à primeira divisão. Em 2015, o então presidente Luiz Carlos Casagrande provou que era ruim de previsão, pois disse que o Tricolor subiria com três rodadas de antecedência, mas nada disso aconteceu. Escaldado, o presidente Leonardo Oliveira não fez promessas malucas, mas era ponto pacífico que 2016 era o ano. Mas não vai ser o ano.

Depois da derrota por 3×0 para o Bahia, neste sábado (27), em Salvador, o gerente Hélcio Alisk e o técnico Marcelo Martelotte jogaram a toalha e admitiram que a luta da equipe é para permanecer na Segunda Divisão. E o desafio aparenta ser bastante difícil para o Paraná, que terminou a 21ª rodada na 16ª colocação, o primeiro clube acima da zona de rebaixamento. Um alento é que cinco pontos separam o Paraná do Bragantino.

“O correto, que deveria ter sido dito desde o início da competição, é que a nossa realidade era a manutenção na Série B, se reestruturando, acabando com as dívidas primeiro para daí sim poder brigar de igual para igual com o Bahia, em um nível de qualidade semelhante”, defendeu o gerente de futebol do clube Hélcio Alisk, que está no cargo há cerca de dois meses. “Vou falar por mim. O acesso é o que todo mundo sonha, mas o clube precisa se reestruturar”, complementou.

Para o técnico Marcelo Martelotte, que deixou no ar até mesmo a possibilidade de deixar a Vila Capanema, o Tricolor pode voltar à luta na parte de cima da tabela, mas antes terá de encarar o desafio na rabeira da classificação. “Nesse momento o Paraná não briga mais pelo acesso. Claro que uma sequência de jogos pode mudar tudo. Ninguém está fora do campeonato na segunda rodada do returno”, falou o comandante. “É um momento delicado, faço uma avaliação diária do meu trabalho, mas não é de cabeça quente que se toma uma decisão. Uma mudança, se vier, pode vir por parte do clube, do técnico ou de ambos. Mas não meia hora depois de um jogo desses”, concluiu o treinador.

O Tricolor volta a campo na próxima terça-feira (30), contra o lanterna Sampaio Corrêa na Vila Capanema, às 19h15.

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