Reviravolta

De rebaixado no Estadual à elite nacional. O ano de Cristovam mudou no Paraná Clube

Cristovam foi um dos jogadores mais regulares do Paraná Clube na Série B. Foto: Marcelo Andrade

Titular absoluto na campanha que culminou com o acesso do Paraná Clube à primeira divisão na disputa da Série B deste ano, o lateral-direito Cristovam teve uma temporada especial, mas que tinha tudo para ser terrível. O camisa 2 fez um Campeonato Paranaense regular pelo J. Malucelli, mas viveu no Jotinha um momento complicado quando o time foi rebaixado à segunda divisão do Estadual pela escalação do atacante Gétterson de forma irregular.

Contratado pelo Tricolor, o jogador conquistou seu espaço aos poucos, ficou marcado por sua regularidade e foi peça importante na conquista do quarto lugar na segundona de 2017.

“Foi um ano feliz, apesar do momento chato que aconteceu no J. Malucelli. Não esperávamos, pois vínhamos de um Paranaense muito bom. A gente almejava estar na final e aconteceu tudo aquilo. Fui feliz, fiz um grande Paranaense e fui convidado pelo Paraná. Acreditei no projeto do Pastana (Rodrigo, executivo de futebol), que me ajudou bastante. O Paraná vinha de uma ascensão muito grande na Copa do Brasil, no Paranaense e na Primeira Liga. Abracei o projeto e fui muito feliz”, revelou Cristovam, em entrevista à Tribuna.

O jogador teve a sua contratação solicitada pelo então técnico do Paraná, Wagner Lopes, que deixou o clube dias depois. O lateral revelou as dificuldades que atravessou nesse ano, mas destacou a capacidade do elenco para superar as adversidades e conquistar, ao final do ano, o tão sonhado acesso.

“Passamos por várias dificuldades. Houve a troca de treinador e fui convidado pelo Wagner Lopes. Não conhecia os jogadores, essa troca é sempre chata. Depois veio o Lisca, que é um cara que a gente respeita muito, é um cara maravilhoso, não tem o que falar dele, mas são coisas internas que acontecem no futebol. Em nenhum momento desistimos. Fomos até o final com altos e baixos, mas não oscilamos tanto e nosso time foi feliz, ganhou mais do que perdeu. Conseguimos superar os momentos difíceis e conseguimos o acesso”, contou.

Apesar do drama vivido com o rebaixamento no J. Malucelli, Cristovam marcou seu nome na história do Paraná Clube. Atuou em 34 partidas da Série B e foi fundamental para o retorno à elite depois de dez anos.

“É uma alegria imensa. Não tem o que falar estar participando desse momento incrível. O futebol é realização de um sonho, ainda mais conquistando tudo isso. Depois de um início difícil, ao final fomos coroados e, com muita humildade, acabou dando tudo certo. O torcedor também foi fundamental, esteve ao nosso lado em todos os momentos e foi fundamental nessa conquista”, pontuou o camisa 2 do Tricolor.

Cristovam tem contrato com o Paraná Clube até dezembro de 2018, mas tem uma proposta de um clube do exterior. Sua permanência depende da diretoria paranista e o atleta garantiu que está preparado para defender à altura o Tricolor na disputa da Série A.

“O Paraná é grande. Se não fizer um Brasileiro de alto nível, tudo o que fizemos na Série B foi por água abaixo, será tudo esquecido. Vou procurar estar melhor do que estava na Série B. É tudo diferente, o futebol é mais corrido, mais cadenciado e os jogadores um pouco mais qualificados. Vamos estar nos preparando melhor ainda para que o clube termine em uma colocação boa, permaneça na Série A para que o ano seguinte seja melhor ainda”, arrematou ele.