Opinião

Análise: Paraná Clube muda geral e isso pode ser positivo

Leandro Vilela foi uma das novidades no time titular. Foto: Jonathan Campos.

Empatou em casa e segue na lanterna do Campeonato Brasileiro? Não importa. O Paraná Clube enfrentou o Grêmio, um dos melhores clubes do Brasil na atualidade. A mudança de postura do time de Rogério Micale há de ser exaltada. Jogar na retranca contra a equipe de Renato Gaúcho não foi feio. Pelo contrário, foi bonito de ver o Paraná não tomar gol pela primeira vez na competição. O motivo é a marcação muito forte com a troca de peças que foram chaves para o Tricolor não tomar mais uma “tunda” no Brasileirão.

Começamos pela meta. Ainda sem contar com o goleiro Richard, titular absoluto, Micale apostou em Thiago Rodrigues, já que o novato David não vinha fazendo bons jogos – pra não falar que o cara já é considerado pela torcida paranista um “chama-gol”. Thiago Rodrigues foi muito seguro debaixo das traves. Fez duas excelentes defesas e mostrou que pode seguir como titular, enquanto o camisa 1 de verdade não volta do Departamento Médico.

Na lateral-direita, outra surpresa muito boa. Júnior foi um monstro na marcação. Ele colocou o lateral-esquerdo Cortez no bolso. Não é à toa que o cara “mitou” no tal do Cartola FC. Foram sete roubadas de bola daquelas de tirar os aplausos dos torcedores presentes na Vila Capanema. Na sequência, não temos como não comentar da segurança que Neris e Cléber Reis passaram. O Paraná achou a sua dupla de defesa titular. Não vejo Rayan e Jesiel de volta ao time, a não ser por conta de suspensão ou contusão.

Rogério Micale não gosta do estilo retrancado, mas postura foi necessária contra o Tricolor gaúcho.
Rogério Micale não gosta do estilo retrancado, mas postura foi necessária contra o Tricolor gaúcho.

O bloqueio paranista também contou com a boa participação do paraguaio Torito González e do jovem Jhonny Lucas. O primeiro tem crescido a cada jogo e eu confesso que não sei o motivo desse gringo não ter entrado antes nesse time, já que Wesley Dias é fraquíssimo. O segundo é uma joia rara da Vila Capanema, que certamente renderá um bom dinheiro ao Paraná no futuro.

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Os pontos negativos ficaram no setor ofensivo. Caio Henrique foi muito mal. Não aproveitou as bolas paradas e sumiu do jogo na hora de armar os contra-golpes. Carlos e Silvinho abusaram da individualidade e perderam também boas chances de botar a bola na rede nas jogadas de velocidade. Agora, vem o clássico. Fica a esperança do retorno de Carlos Eduardo para que o Paraná possa se reencontrar com a vitória, palavra que tem feito uma falta danada na Vila Capanema.