Fim da linha?

Paraná x Atlético: Clássico pode ser “divisor de águas” pra técnicos

Rogério Micale e Fernando Diniz chegam pressionados no clássico. Foto: Jonathan Campos.

Depois de dez anos, as torcidas de Atlético e Paraná Clube poderiam estar pra lá de empolgadas com o clássico regional na primeira divisão novamente. Mas, a situação dos dois times é tão dramática que não há espaço para festa nas arquibancadas. De um lado, o Tricolor, do técnico Rogério Micale, que ainda não sabe o que é vencer no Brasileirão. Após seis rodadas, o Paraná somou apenas dois pontinhos, dos empates contra a Chapecoense e o Grêmio, e precisa dar uma resposta dentro de campo, caso contrário a volta pro inferno da segunda divisão é o caminho mais bem traçado.

Já o Furacão vive o seu pior momento na temporada. Depois de um início promissor sob o comando do técnico Fernando Diniz, o Rubro-Negro degringolou e já não vence um jogo há oito rodadas, pior, vem de cinco derrotas consecutivas. Ingredientes que podem deixar o clássico ainda mais tenebroso, principalmente para os dois treinadores, que já não são unanimidades e estão na corda-bamba.

Rogério Micale ficou conhecido após conquistar a inédita medalha de ouro nos Jogos do Rio, em 2016. Mas depois não teve sucesso na sua passagem frustrada pelo Atlético Mineiro. Saiu sem deixar saudade. Chegou no Paraná Clube em fevereiro deste ano para substituir Wagner Lopes, que havia feito um ótimo trabalho na Vila Capanema na sua primeira passagem, mas na segunda não conseguiu repetir o sucesso. Até agora, o melhor resultado dele no comando do Tricolor foi o empate sem gols diante do Grêmio, considerado um dos principais favoritos ao título do Brasileirão. Porém, é muito medíocre para a torcida paranista comemorar o feito de o time não levar gol apenas.

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Fernando Diniz, que já passou pelo Paraná Clube, tem seu esquema de jogo definido e não abre mão. Aliás, depois de levar o Atlético a ser a sensação do Brasil há pouco mais de um mês, hoje o treinador amarga uma sequência que já teria derrubado muito treinador por aí. Mesmo assim, Diniz não dá o braço a torcer e diz que seu modelo de jogo é o ideal e que apesar dos percalços, este é o caminho para o Furacão ser uma equipe de ponta e fazer sucesso neste Brasileirão. Resta saber se a diretoria e a torcida terão paciência suficiente para atingir este patamar.

O clássico deste domingo pode definir o mais novo desempregado do Brasil. Micale e Diniz apostam seus empregos numa vitória sobre o rival, que pode significar o alívio de um e o ato derradeiro do outro. Então, depois de anos de espera, Paraná e Atlético vão entrar em campo para garantir o emprego dos seus treinadores. E se der empate? Teremos dois desempregados? É a dura realidade do futebol paranaense.