É Tricolor!

Paraná Clube vence o Coritiba no centésimo clássico da história

Thiago Santos foi o personagem da partida. Jogou boa parte do clássico lesionado, foi perigoso e marcou o primeiro gol da vitória paranista. Foto: Albari Rosa

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Nem tínhamos chegado aos 30 minutos de jogo. A partida parou porque Thiago Santos, o camisa 9 do Paraná Clube, estava caído. A sensação era que não dava mais para ele. Rogério Micale mandou Diego para o aquecimento. Naquele momento, surgiam os dois personagens da vitória do Tricolor no centésimo clássico diante do Coritiba. Nesta quarta-feira (7), na Vila Capanema, os dois times se enfrentaram e também duelaram os seus dois modelos de jogo – de um lado, um time que queria atacar para vencer; de outro, uma equipe que tentou se defender e ver no que dava. Ganhou quem quis ganhar, ganhou por 2×0 o Paraná de Thiago Santos e Diego.

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Quando parecia que iria sair, o atacante voltou para o jogo. Descontado, com problemas na coxa direita. Antes da lesão, Thiago já era o mais perigoso dos jogadores dos donos da casa. Atazanava a vida de Thalisson Kelven e Romércio, buscava as jogadas pelo lado do campo para ajudar Baez e Vitor Feijão, e também arriscava de média distância – num chute, obrigou Wilson a fazer uma defesa difícil. Era um momento em que ficava evidente que o Paraná queria o resultado e iria tentar de forma mais agressiva. A própria escalação de Jhonny Lucas mais atrás, vindo buscar o jogo e se somando a Carlos Eduardo na armação, mostrava isso.

Já o Coritiba repetia o que fizera contra Foz do Iguaçu e Goiás. Ficava atrás, não tinha pressa e apostava nos contra-ataques. Tinha espaço para jogar nas costas de Alemão e Mansur, mas era pouco efetivo. Richard não fez uma defesa sequer no jogo inteiro. A única chance real alviverde parou na trave, em um chute de longe de João Paulo, já quando o Coxa perdia o clássico. Alecsandro, para variar, não era acionado – e quem reclama da baixa produção do centroavante, precisa lembrar que a bola não chega nele.

Mansur e Leandro Vilela mostram a dimensão da vitória para o Tricolor. Foto: Albari Rosa
Mansur e Leandro Vilela mostram a dimensão da vitória para o Tricolor. Foto: Albari Rosa

Luta

Do outro lado, Thiago Santos tinha chances. No final do primeiro tempo, depois de Vitor Feijão chamar Léo Andrade para dançar, o cruzamento veio na cabeça do camisa 9. Mas Wilson fez um de seus milagres habituais e garantiu o 0x0 até o intervalo. Mas logo com seis minutos de segundo tempo nem ele pôde evitar. Na jogada ensaiada, Carlos Eduardo cruzou, Leandro Vilela desviou e Thiago abriu o placar. Naquele momento, as dores aumentavam, ele já mancava, mas mesmo assim foi possível marcar.

Só que não deu para terminar o jogo. Ele já tinha feito a parte dele, e por isso deixou o gramado para a entrada de Zezinho. Que ficou pouquíssimos minutos em campo, pois acabou expulso ao dar uma cotovelada em Thalisson Kelven – no lance, o zagueiro coxa deu um safanão no paranista, mas não recebeu advertência da arbitragem. Mais uma vez o meio-campista não seria personagem de uma partida importante do Tricolor.

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Diego seria. Ele entrou no lugar do apagado Marcelo Baez e deu mais velocidade ao Paraná. E quando o time precisava de posse de bola, mesmo que o Coritiba não conseguisse pressionar, foi Diego quem pegou a bola, começou a driblar todo mundo e apareceu na cara de Wilson. Aí foi tocar na saída do goleiro e correr pro abraço. Estava tudo acabado. O Paratiba 100 estava definitivamente pintado de vermelho, azul e branco.

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