Volta por cima

Do inferno ao céu: Em três anos, Cianorte sai do rebaixamento pra sonhar com final

Adir Kist é gerente de futebol do Cianorte há 11 anos. Foto: Hugo Harada

Do inferno ao céu em três anos. Assim pode se resumir o Cianorte de 2014 pra cá. Depois de ser rebaixado naquele ano e passar duas temporadas na Série Prata do Campeonato Paranaense, o Leão do Vale retornou com tudo à elite, está nas semifinais e a apenas um empate de chegar à inédita final estadual. Um sonho que ficou ainda mais vivo após a vitória por 1×0 sobre o Coritiba, no último domingo (16), no Albino Turbay.

Uma volta por cima que contou com uma união de todos na cidade, dentro e fora do clube. Gerente de futebol há onze anos, Adir Kist continuou no clube, que não fez uma revolução interna. Pelo contrário. E ainda contou com o apoio das empresas locais.

“Nossos parceiros comerciais são os mesmos da segunda divisão e os mesmos que vinham nos ajudando desde antes, é uma particularidade muito boa na nossa cidade”, disse ele, que garante que o Cianorte manteve os pés no chão o tempo todo, principalmente na parte financeira.

“Temos uma folha salarial que gira em torno de R$ 150 mil por mês. No total, tivemos um investimento de R$ 1,5 milhão para o campeonato todo. Eu não quero desmerecer quem recebe R$ 200 mil por mês no Coritiba. Fizeram por merecer, estão em um clube de grandeza de Série A. Mas, que fique claro que temos atletas aqui que também têm valor para isso e apenas momentaneamente estão em outro patamar”, afirmou Kist. “Este é o papel do Cianorte, levá-los a outros patamares”, reforçou.

Apesar da animação com a vitória no jogo de ida, o gerente admite que a equipe terá de fazer um jogo “memorável” na volta, no Couto Pereira, para ficar com a classificação. “Nosso foco é ir para Curitiba e fazer milagre”, completou.

Ainda segundo o gerente de futebol, o estádio Albino Turbay, em Cianorte, tem condições para receber uma possível final do Campeonato Paranaense. No entanto, ele admite que a questão só será melhor discutida após o duelo de volta com o Coxa.

“Pelo regulamento, não temos restrição. Mas aí é uma questão de definir acordos com a Federação, de repente ampliar a capacidade do estádio”, adianta. “Mas pela grandeza do Coritiba, é um assunto a ser discutido depois”, encerrou.