Fala, profe!

Técnico do Coritiba aposta e pede confiança com garotada

"Eles podem sentir a pressão, mas a gente conhece a capacidade de cada um e é por isso que eles estão aqui", diz Sandro sobre os jovens do Coxa. Foto: Divulgação/Coritiba FC

A dois dias de estrear no Campeonato Paranaense, contra o Prudentópolis, neste domingo (21), às 17h, no Couto Pereira, o técnico Sandro Forner foi sabatinado pelos torcedores do Coritiba. As perguntas foram enviadas por meio das redes sociais do clube. A principal dúvida dos torcedores foi a respeito do time estar, este ano, composto por muitos atletas da base.

Questionado sobre como lidar com a oscilação no rendimento desses jogadores que terão oportunidade no time principal, o treinador explica que será preciso ter paciência. “É um desafio. Alguns jogadores que estão subindo já jogaram na equipe profissional, outros não. É um processo que vamos ter que passar, mas acredito que a mescla com os mais experientes pode ajudar bastante. Teremos que ter paciência para fazer a avaliação correta, mesmo que em algum momento eles não façam os jogos que todos esperam. Eles podem sentir a pressão, mas a gente conhece a capacidade de cada um e é por isso que eles estão aqui”, disse.

Uma das questões que mais vem deixando a torcida coxa-branca incomodada também não ficou de fora: somente duas contratações serão suficientes para montar um time competitivo? Sandro explicou, mais uma vez contextualizando sobre a importância da participação dos garotos da base no elenco principal. “Na verdade essa foi uma proposta de campanha da diretoria em apostar na base. Era o desejo de muitos torcedores do Coritiba que tivesse esse aproveitamento, principalmente depois de dois anos consecutivos com boas campanhas no Brasileiro sub-20. Lógico que o torcedor precisará ter paciência, não é fácil o jogador subir e encarar esse desafio. Mas todos eles têm potencial e a gente espera que, gradativamente, possamos construir essa confiança com o torcedores”, falou.

Sobre o modelo de jogo que gosta de usar, o técnico revelou que a principal estratégia em campo é saber analisar como o elenco pode render. “Como treinador, preciso avaliar o que tenho no elenco, as características de cada jogador e tentar aproveitar. Se pudermos esteticamente jogar bem e ganhar, melhor, mas vamos buscar um time equilibrado que possa realmente vencer os jogos. Prezo pelo equilíbrio. Posso querer propor o jogo, mas aquele dia o time não estar bem ou o adversário pode estar consegue ter a supremacia e você precise defender mais. Lógico que a ideia é que possamos ter a posse de bola, mas não só por ter. O objetivo será tentar chegar ao gol. Em alguns jogos, como estratégia, posso ter um determinado tipo de comportamento. Tudo depende do que está acontecendo no jogo”, detalhou.

O temperamento do atacante Kléber não ficou de fora da sabatina. “Tenho contato com o Kléber há apenas duas semanas. Sinceramente não tive nenhum problema, ele tem treinado normalmente, se esforçado normalmente, então não posso falar do que aconteceu anteriormente porque não estava aqui. Agora não tenho absolutamente nada para falar. Pelo contrário, o Kléber tem se proposto a ajudar muito”, respondeu.

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Pensando em voos mais altos, os torcedores também quiseram saber se o Coritiba pode brigar, este ano, por um título. “Seria precoce e poderia causar ilusão no torcedor se eu colocasse alguma afirmação. É uma pergunta difícil, se eu falar que não, posso ser chamado de pessimista, mas se falar o contrário haverá cobranças. Vamos trabalhar para ter um título de expressão, mas precisamos voltar pra série A, então, esse já é o título mais expressivo. É o objetivo do ano”, revelou o treinador, que preocupou-se em explicar para o torcedor que o trabalho está sendo feito e que é necessário esperar “a bola rolar” para avaliações mais precisas. “Tanto os mais experientes quanto os mais jovens têm trabalhado muito, procurado se esforçar, estão trabalhando bastante para alcançar objetivos”, finalizou.