Mandato único

Presidente do Coritiba não será candidato à reeleição no final do ano

Foto: Antonio More

As más campanhas recentes do Coritiba no Campeonato Brasileiro, além do jejum de títulos no Campeonato Paranaense, refletem diretamente nos bastidores do clube. Tanto que o atual presidente do Coxa, Rogério Portugal Bacellar, não será candidato à reeleição em dezembro. A informação foi obtida pela Tribuna com auxiliares diretos de Bacellar após a publicação da matéria sobre o cenário eleitoral do clube.

Principal mandatário do Coritiba desde dezembro de 2014, quando ganhou as eleições do então presidente Vilson Ribeiro de Andrade, Bacellar, durante estes dois anos e três meses foi muito cobrado e criticado pela torcida, principalmente pelos resultados negativos e na montagem do elenco.

Desta forma, um dos dirigentes ligados a Bacellar será o candidato da situação na eleição de dezembro. Nenhum nome foi revelado, mas o vice-presidente Alceni Guerra pode ser uma opção. O dirigente volta e meia se destaca por novas ideias, principalmente em relação à construção de um novo estádio, ou até mesmo por dar suas opiniões publicamente, em alguns casos contrariando outros membros da diretoria.

Ala jovem

Ainda com mais nove meses pela frente até a eleição presidencial, o ambiente político do Coritiba vai ficando cada vez mais tumultuado. Em meio à confirmação de que Bacellar não será candidato no final do ano, um grupo de conselheiros mais jovens, incomodados como a forma que o clube vem sendo administrado, resolveram romper com a atual diretoria e se transformar em uma espécie de oposição.

Apesar de garantirem que não vão lançar nenhum candidato ou apoiar alguma chapa, a Ala Jovem, como é chamada, optou por cobrar a diretoria e exigir mais transparência nos bastidores coxa-branca. Além disso, ela se coloca como independente de todos os grupos já formados nos bastidores, e que devem entrar na briga eleitoral – a situação; o de Giovani Gionédis e João Jacob Mehl; o de Vílson Ribeiro de Andrade; e o dos “Indomáveis”.

E agora?

Com a saída de Bacellar da sucessão, surge a possibilidade de possíveis composições. Mais que as virtudes dos prováveis candidatos, o que está mais em jogo neste momento (e em guerra nas redes sociais) são os pontos fracos dos apoiadores de cada grupo, principalmente os ex-presidentes e ex-diretores. Não há um grande “cabo eleitoral” como foi Alex na última eleição coxa, o que deixa completamente aberto o panorama para dezembro.