Revelando craques

Paulo César Carpegiani tem uma história importante com o Coxa

Paulo César Carpegiani tem uma história com dois momentos no Coritiba. Nas duas oportunidades em que treinou o clube, não conseguiu títulos, mas carrega consigo a marca de ter transformado em afirmações dois dos maiores ídolos do Coxa nos anos 1990 – primeiro, Pachequinho; depois, Alex.

Carpegiani, campeão brasileiro, da Libertadores e do Mundial Interclubes com o Flamengo de Zico e Júnior, chegou ao Cori em 1990 para ajustar um elenco que havia sido campeão estadual no ano anterior mas que sofrera com a “canetada” da CBF que rebaixara o clube para a terceira divisão nacional (o que acabou não acontecendo; em 1990 não houve Série C e o Coritiba parou na Segundona – inclusive sendo rebaixado). Daquele time que encantara o Estado em 1989, já não estavam Carlos Alberto Dias e Kazu, e João Pedro, Marildo e Osvaldo não tinham mais aquela vitalidade.

Por isso, Carpegiani apostou nos garotos. Vica ganhou Jorjão e Berg como companheiros na defesa – Berg, mais tarde, ficou marcado como o autor do gol contra que deu o título paranaense ao Atlético. No meio, Hélcio ganhou a vaga como volante e virou titular até ser negociado com o Paraná. E Pachequinho juntou-se aos “cobras” do ataque (Tostão, Chicão, Serginho) e logo virou ídolo.

Cinco anos mais tarde, Carpegiani retornou ao Alto da Glória. E apesar de alguns fatos que foram parar no anedotário do futebol paranaense (a escalação de Jorjão como centroavante, por exemplo), entrou de vez para a história alviverde com a aposta naquele jovem tímido, que em algum tempo viraria o “menino de ouro” do Couto Pereira.

Alex nunca deixou de valorizar o empurrão definitivo que recebeu de Carpegiani – coincidência ou não, o treinador que lançou o craque no Coxa foi o que comandou Zico, o maior ídolo do camisa 10 alviverde, no auge da carreira do Galinho. “Obrigado Paulo! Não é todo dia que um treinador banca um menino de 17 anos. Tudo começou com ele. Obrigado sempre!”, escreveu Alex no Instagram, onde iniciou uma série de homenagens.

Vices

No Coxa, Paulo César Carpegiani foi vice-campeão estadual duas vezes. Em 1990, perdeu a taça para o Atlético. E em 1995 o título ficou com o Paraná.