Inconformado

Kléber se revolta com expulsão e diz que é inaceitável atitude do árbitro

Kléber ficou inconformado com a arbitragem: "Maior injustiça da minha carreira". Foto: Jonathan Campos

Na semana em que a arbitragem do futebol brasileiro ficou em pauta depois da possível anulação da partida entre Flamengo e Fluminense, mais um capítulo ruim foi escrito na noite deste domingo (23), no Couto Pereira, no empate em 1×1 entre Coritiba e o próprio Fluminense. A expulsão injusta do atacante Kléber, que ficou em campo somente três minutos, gerou muita reclamação dos jogadores e dirigentes alviverdes, já que o árbitro Raphael Claus, de São Paulo, aplicou o cartão vermelho direto alegando que o Gladiador o teria xingado, mas na verdade, segundo os atletas, a reclamação do centroavante foi com o volante João Paulo.

“O João Paulo tinha me dado um passe um lance antes e eu cobrei que ele se aproximasse. Você não pode falar delicadeza, até pelo calor do jogo, isso é óbvio. Ele me xingou e eu o xinguei no lance. Enfim, não tem como o árbitro justificar a minha expulsão. O que ele escrever não será verdade. Ele não pode falar que eu xinguei, porque eu não xinguei. O que ele fez hoje não tem como justificar e o que ele escrever na súmula não será verdade, porque não foi verdade”, disparou Kléber, que acredita que nunca foi tão injustiçado como desta vez.

“Já fui expulso algumas vezes e, na maioria delas, jamais fiquei reclamando da forma que eu fiquei, porque hoje foi a maior injustiça que eu sofri em toda a minha carreira. Realmente foi lamentável o que ele fez”, lamentou.

Na súmula, Claus escreveu que Kléber foi expulso por ter se virado a ele o xingado depois de uma falta marcada e ainda relatou que o atleta permaneceu por mais quatro minutos contestando a decisão.

Depois de dois meses afastado por causa de uma fratura no pé direito, o atacante voltou ao time diante do Fluminense, mas mal teve tempo de tocar na bola. O Gladiador não acredita que a expulsão tenha ocorrido por causa do seu histórico polêmico no futebol, sobretudo pelo seu bom comportamento recente vestindo a camisa coxa-branca.

“Se eu for expulso toda vez por causa do meu temperamento de cinco anos atrás, tem que parar o campeonato. Quando foi a última vez da minha última expulsão? Eu não me recordo. Tenho tentado me controlar a maior parte do tempo, mas como se controla num momento desse? Eu sou ser humano. Não acredito e não aceito. É inaceitável dizer para mim que é por causa do meu histórico. Tem que apitar o momento, a competição de hoje. Aconteceram várias situações de jogadores reclamarem com bandeira, com ele (juiz) mesmo e não teve a mesma atitude que teve comigo. Ele veio aqui e prejudicou o Coritiba”, prosseguiu ele.

Apesar da expulsão do camisa 83, o Coritiba lutou muito em campo e buscou o empate importante diante do Fluminense, que deixou o clube um pouco mais longe da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Kléber elogiou o espírito de luta do time coxa-branca, que soube lidar com as adversidades do jogo e buscou esse ponto contra o tricolor carioca.

“Gostaria de agradecer meus companheiros, porque correr como a gente correu na quarta e hoje (domingo), com um a menos… E agradecer o torcedor também, por entender o esforço que nós temos feito nesses dois jogos que fizemos. Agora é muito difícil. Eu particularmente tenho feito de tudo para voltar o mais rápido possível e, no momento que volto depois de uma lesão tão seria, para tentar ajudar, ser prejudicado dessa forma, eu fico muito chateado”, finalizou ele.