Deu pra salvar algo

Jogadores do Coxa lamentam falta de efetividade, mas Carpegiani elogia disposição

Kazim pouco tocou na bola contra o Palmeiras. Coritiba não deu trabalho para a defesa adversária. Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo

Sem praticamente atacar o adversário quase o tempo todo, tirando o lance do gol, e apenas preocupado em se defender e marcar o adversário, o Coritiba pouco deu trabalho para o Palmeiras e foi derrotado por 2×1 no sábado (24), no Allianz Parque, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para os jogadores, o que faltou foi justamente apertar mais os donos da casa para que acontecesse um resultado melhor.

“Infelizmente, não tivemos muitas chances, apenas o gol. Não criamos muito, apenas marcamos, mas bola para frente, temos que esquecer o Palmeiras, pensar lá no América-MG lá na frente e agora pensar na Sul-Americana”, disse o volante Alan Santos, que ficou no banco de reservas e entrou no final do segundo tempo.

“A equipe suportou bem a marcação no primeiro tempo, lutou muito, mas faltou ficar mais com a posse de bola. Todo mundo sabe que é dificil jogar aqui, mas estamos no caminho certo”, apontou o volante Edinho.

O técnico Paulo César Carpegiani também destacou que alguns erros atrapalharam o Coxa, mas ressaltou que os desfalques por conta de lesão fizeram falta. Até por isso, ele mexeu no time titular, fechando os espaços com as entradas de Walisson Maia e Edinho.

“As mudanças, sempre tentamos escalar aquilo que temos de melhor. Temos cinco, seis titulares fora e vamos nos virando com aquilo que temos. Enfrentamos uma equipe muito rápida, tiveram méritos, mas tivemos alguns erros que proporcionaram isso”, avaliou o treinador.

Reclamação

Apesar de não tirar os méritos do Palmeiras, Paulo César Carpegiani saiu na bronca com o lance que originou o primeiro gol do adversário. Aos cinco minutos do segundo tempo, Dudu cobrou falta na área, a bola desviou e Leandro Pereira, dividiu com o Wilson, que saiu mal do gol. Porém, o treinador acredita que houve falta no camisa 84.

“Acho que foi falta. Eu falei com ele (Wilson), e a primeira coisa que ele disse foi que o jogador baixou o braço, bateu nele e colocou a bola para dentro. Se ele vai com o joelho e machuca o jogador, o juiz dá pênalti. Mas isso não desmerece aquilo que o Palmeiras fez”, afirmou.

O próprio Wilson saiu muito incomodado com o lance. “Era lance que a bola sobe muito, complica para o goleiro. Nesses lances o jogador finge que não vê o goleiro e sobe junto, o braço dele bloqueia meu braço, e ele nem vê a bola. Para mim, é falta e tenho certeza que se fosse para o outro lado seria marcado. Mas não adianta, não tem como voltar atrás”, explicou ele.