Que fase!

Jogadores do Coritiba defendem trabalho de Pachequinho

Anderson se desespera. "Os caras foram duas vezes ao ataque e fizeram dois gols. É sacanagem". Foto: Giuliano Gomes

A torcida do Coritiba estava muito irritada, e desde o decorrer do jogo. Quando o Fluminense abriu a vantagem que lhe daria a vitória no jogo de ontem, a galera escolheu três “alvos” – o jovem lateral Rodrigo Ramos, o atacante Henrique Almeida e o técnico Pachequinho. Rodrigo saiu no segundo tempo, Henrique fez seu gol e “selou as pazes”. Mas o treinador seguiu sendo cobrado, e ao apito final de Leandro Bizzio Marinho, os gritos de “fora Pachequinho” foram novamente ouvidos no Couto Pereira.

O treinador estava visivelmente mais tenso na partida de ontem. Preocupado com os erros do Coxa, ele berrava para tentar se fazer ouvir. Ele comemorou o pênalti em Matheus Galdezani, mas sofreu com o erro. “A gente sabe que se tivesse marcado o gol todo o jogo seria diferente”, resumiu William Matheus. Nas falhas da defesa, vieram os gols do Fluminense, que irritaram os jogadores. “Não podemos perder um jogo desses. Os caras foram duas vezes no ataque e fizeram dois gols. É sacanagem”, disse, com boa dose de sinceridade, o meia Anderson.

O segundo gol, o de Léo, teve no desvio em Rodrigo Ramos um fator decisivo para Wilson ser vencido – por sinal, o goleiro alviverde não fez nenhuma defesa no jogo, a bola de Richarlison era indefensável e o arremate do lateral carioca teve o desvio. A partir dali, e até ser substituído, Rodrigo foi cobrado pelos torcedores. A galera também se irritou com a arbitragem. “O cara amarrou demais o jogo”, reclamou Alecsandro. O atacante foi um dos que garantiu que a recuperação alviverde virá logo. “Vamos levantar a cabeça e buscar de novo o resultado fora”, disse o camisa 85, citando a partida de quarta, contra a Ponte Preta, em Campinas.

Henrique Almeida também estava pressionado pelo pênalti perdido (“Só erra quem bate”, disse no intervalo), mas seu gol aos 46 minutos do primeiro tempo encerrou com as vaias. Não sem uma comemoração fria, sem festa e sem olhar para a torcida. Coube ao zagueiro Luizão chegar no atacante e pedir motivação. Que não foi suficiente para Rodrigo, que acabou substituído por Dodô, um dos poucos momentos em que Pachequinho foi aplaudido – o outro foi na entrada de Alecsandro.

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Mas ao final, voltaram as vaias e cobranças, que fizeram Matheus Galdezani fazer uma defesa pública do treinador. “Ele não tem culpa, a culpa é nossa. Eu errei no segundo gol deles, errei o passe que originou o lance. E o que o Pacheco fez? Nós que estávamos em campo, nós criamos chances. Ele está fazendo um bom trabalho, nós todos estamos. Há quantos anos o Coxa não lutava na parte de cima da tabela?”, atirou o melhor jogador alviverde na noite de ontem.