Recuperação

Coritiba cala o Morumbi e escapa da zona de rebaixamento do Brasileirão

Thiago Carleto agradece aos céus pelo gol que abriu a vitória do Coritiba. Miguel Schincariol/Estadão Conteúdo

Foi na base da vontade. Na base da superação. Tinha que ser desse jeito para que o Coritiba acabasse de vez com a sequência de quatro derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro. Com uma grande atuação defensiva, o Verdão foi cirúrgico, venceu o São Paulo por 2×1, na noite desta quinta-feira (3), calando um Morumbi com mais de 53 mil pessoas, chegou aos 22 pontos e deixou a zona de rebaixamento da competição nacional. Agora na 12ª posição, o time alviverde vai tentar voltar a vencer no Couto Pereira, neste domingo (6), às 16h, diante da Chapecoense, em mais um confronto direto na luta contra a degola.

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O Coritiba apresentou os mesmos problemas ofensivos, só que foi mais organizado do que na derrota sofrida para o Atlético-MG. O time alviverde, apesar da pressão do São Paulo desde o início, conseguiu, de forma eficiente, controlar as investidas dos donos da casa. Mas não foi fácil. No primeiro lance de perigo do tricolor paulista, o jovem zagueiro Thalisson Kelvin sentiu uma lesão muscular na coxa e, no lance, Marcinho por pouco não marcou o primeiro.

Aos poucos, o Coritiba foi se soltando e criou sua única chance aos 6 minutos. Depois do cruzamento, Alecsandro cabeceou livre e Renan Ribeiro evitou o gol alviverde. E foi só do Coxa em termos ofensivos. O São Paulo, então, passou a pressionar o Verdão. Mas o tricolor paulista, também em situação delicada no Brasileirão, passou a ficar nervoso em campo e a errar em lances bobos.

Quando a defesa do Coritiba falhava, o sempre eficiente Wilson garantia o empate. Foi assim que Marcinho quase fez, mas o goleiro alviverde fez grande defesa. No rebote, Cueva mandou para fora. Com seu setor de criação bem marcado pelos volantes alviverdes, o São Paulo passou a apostar nas ligações diretas e nas bolas aéreas. Quase deu certo, mas o zagueiro Rodrigo Caio provou porque é zagueiro e em duas chances, errou o alvo.

Mais organizado para explorar os espaços deixados pelo São Paulo, o Coritiba teve uma atuação cirúrgica no segundo tempo. Apesar da pressão ainda mais do tricolor paulista, o Coxa foi logo marcando aos 12 minutos. Rildo, sempre perigoso nos contra-ataques, sofreu pênalti de Bruno. Thiago Carleto cobrou como manda o figurino, não deu chances para Renan Ribeiro e abriu o placar.

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O técnico Dorival Júnior, imediatamente, colocou Marcos Guilherme na vaga de Bruno e deixou o São Paulo mais ofensivo. Passou, então, a brilhar a estrela do goleiro Wilson. Por cima, por baixo, em bolas aéreas, o paredão do Verdão conseguiu conter as investidas do tricolor paulista. Quando a bola passava pelo arqueiro coxa-branca, a trave salvou o Coritiba na cabeçada de Rodrigo Caio.

Com o São Paulo cada vez mais ofensivo, o Coritiba tinha os espaços, mas faltava capricho. Brilhou também a estrela do técnico Marcelo Oliveira. O treinador apostou no atacante Filigrana no lugar de Yan Sasse e o resultado veio instantes depois. Aos 22 minutos, em contra-ataque puxado por Alecsandro, Rildo serviu o centroavante colombiano, que recebeu livre na área e marcou o segundo gol do Verdão.

A pressão passou, então, de vez para o lado do São Paulo. O tricolor paulista, até de forma desordenada e explorando as bolas aéreas, foi para o tudo ou nada. O goleiro Wilson passou a ser a grande figura do Coritiba na partida. Depois das tentativas de Jonathan Gomez e Cueva duas vezes, o goleiro alviverde não impediu o gol de Denílson já aos 43 minutos. O gol são-paulino colocou fogo no jogo. Sobressaiu então a boa postura defensiva do time de Marcelo Oliveira, que garantiu os três pontos importantes no Morumbi.