Elenco pronto, mas não fechado. Esta é a análise da diretoria do Paraná Clube ao apresentar seu 12.º reforço para a disputa do Brasileirão. O meia Maicosuel foi apresentado logo após assinar contrato de três anos com o clube. Sua contratação foi viabilizada pela LA Sports, que adquiriu 60% dos direitos federativos do atleta de apenas 18 anos. Pretendido por equipes do porte de São Paulo e Santos, Maicosuel é a principal aposta do clube, que não esconde a sua diretriz: revelar jovens valores visando transações rentáveis.
Maicosuel Reginaldo de Matos é paulista de Cosmópolis. Seu nome surgiu no período de observações ao longo do campeonato paulista. O ?olheiro? do clube, Will Rodrigues, indicou-o ao diretor de futebol Durval Lara Ribeiro. ?Acredito muito no potencial técnico deste menino. Vocês vão ver. Ele é rápido, habilidoso e sabe fazer gols?, disse Vavá. O clube chegou a considerar a transação inviável diante do assédio de outras equipes sobre o jogador e o Atlético de Sorocaba. ?Foi até uma surpresa quando o Lê -empresário do atleta -nos deu sinal verde para a negociação?, lembrou Ribeiro.
No início do ano, Maicosuel ainda estava nos juniores do Atlético de Sorocaba. Somente a partir da oitava rodada do Paulistão é que foi chamado para o time principal pelo técnico Pintado. ?A campanha do Atlético não foi boa, mas fiz bons jogos?, contou o jogador. O meia-atacante fez quatro gols. Admite conhecer muito pouco do novo clube, mas já conhece jogadores como Alex e Thiago Neves, que também estiveram na última edição da Copa São Paulo de Juniores. Quando disse, na entrevista, que sempre jogava com a camisa 10, na passagem Thiago Neves disparou: ?aqui, vai ter que ser a 8, pois a 10 é minha?, brincou.
Tímido, Maicosuel foi econômico nas palavras, mas deixou claro que seu forte está dentro das quatro linhas. ?Estava treinando e em plena forma. Se precisar, já estou à disposição para a próxima rodada?, avisou. Os diretores da LA Sports, Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho e Rogério Bozzi Filho, revelaram que este foi o maior investimento da empresa, que antes já havia financiado as contratações de Parral, Daniel Marques, Aderaldo e Borges (todos indicados pela diretoria do Tricolor).
?Trata-se de um garoto de muito futuro. Agora, é dar tempo ao tempo. Se não houver imprevistos, acho que o grupo está pronto e com qualidade para realizar um bom Campeonato Brasileiro?, disse Luiz Alberto. O vice de futebol José Domingos concorda e por isso o ciclo inicial de contratações está, agora, encerrado. ?É claro que isso não é definitivo, já que novas inscrições podem ser feitas até a véspera da 28.ª rodada?, lembrou o dirigente. O elenco, hoje, está composto por 28 jogadores.
Juninho é a favor da absolvição de Aderaldo
No que depender do meia Juninho Paulista, do Palmeiras, o zagueiro Aderaldo não será punido no julgamento desta tarde, no Rio de Janeiro. O jogador do Paraná Clube não foi advertido pelo árbitro carioca Luiz Antônio Silva Santos, mas com base na imagem do lance, ocorrido no segundo tempo do jogo realizado no último dia 15 de maio, no Palestra Itália, foi feita a denúncia ao STJD.
A 4.ª Comissão Disciplinar julgará o caso. Aderaldo, por ter supostamente atingido Juninho com uma cotovelada, foi indiciado no artigo 253 do CBJD e pode pegar de 120 a 540 dias de suspensão. ?Houve o choque, mas foi casual?, defende-se Aderaldo. Juninho concorda com o companheiro de profissão. ?Não vi maldade no lance, não. Tentamos chegar na bola e o seu braço bateu no meu rosto?, disse Juninho Paulista à Tribuna.
Para o meia do Palmeiras, o fato só ganhou repercussão porque ele acabou quebrando o dente na jogada. ?Fiquei um bom tempo tentando voltar ao gramado, mas o árbitro não permitiu e isso irritou a mim e à torcida?, afirmou. Um sinal de que não houve intenção de Aderaldo foi o fato dos jogadores terem trocado camisas após o jogo. ?Quis deixar claro que não havia mágoa. Por isso, fui conversar com ele assim que o jogo acabou?.
O zagueiro Aderaldo segue hoje pela manhã para o Rio de Janeiro, levando material de defesa preparado pelo departamento jurídico do clube. O advogado Domingos Augusto Leite Moro é quem representará o jogador. Recentemente, o zagueiro foi julgado por uma expulsão na primeira rodada da Série B, enquanto ainda defendia o Ituano. O depoimento de Juninho deve ter peso significativo no processo. ?Vou estar na torcida para que ele seja absolvido. Seria a decisão mais justa?, finalizou o palmeirense.