Está achando que o Campeonato Paranaense já ficou muito agitado com toda a polêmica da briga entre a dupla Atletiba e a Federação Paranaense de Futebol? Por mais barulhenta que seja essa disputa, ela pode não ser tão bombástica para o Estadual quanto o julgamento das 19h desta terça-feira (21). É o caso que abre a pauta da segunda comissão disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva. O caso Getterson, que pode tirar 16 pontos do J. Malucelli e bagunçar a tabela da competição.
Getterson, que já sofrera ano passado com sua polêmica ida e volta do São Paulo, impactada por mensagens de redes sociais de cinco anos antes descobertas por torcedores, voltara às manchetes com a artilharia do Paranaense. Jogando bem, era o destaque do início da competição. E ainda mais quando se descobriu que o nome do atacante só havia sido divulgado no Boletim Informativo Diário da CBF depois da terceira rodada.
A denúncia foi feita para a Procuradoria do TJD, que aceitou e pediu que o caso fosse a julgamento. Foi até uma tramitação rápida, com o caso indo nesta terça à segunda comissão disciplinar. O relator é o auditor Renato Galvão Carrillo. E o texto da denúncia é simples: diz que Getterson jogou irregular contra Cascavel, Foz e Cianorte.
“Com tal conduta, o denunciado praticou o ilícito tipificado no art. 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, em três oportunidades”, diz o trecho final do material do procurador Rafael Barbosa Rodrigues Teixeira. Esse artigo trata exatamente da escalação de atletas irregulares, e a pena é a perda dos pontos referentes às partidas, além daqueles que a equipe conquistou.
E aí?
Quer dizer: se o TJD achar que Getterson estava mesmo sem condição de jogo, o Jotinha perde dezesseis pontos. Os sete que conquistou em campo e mais os nove que os jogos valiam. Os pontos não vão para ninguém, os resultados não são invalidados. Mas não servem como critério de desempate.
Se isso acontecer, o Jotinha sairia dos dez pontos que tem e cairia para a lanterna do Paranaense, com seis pontos negativos. Por isso, Foz e Cascavel já se manifestaram como interessados no assunto, e devem enviar advogados ao julgamento.
Com qualquer resultado nesta terça, o caso deverá ter recurso e ir ao Pleno do TJD. E também com altas chances de o caso Getterson chegar ao STJD. No mínimo, portanto teremos um asterisco na classificação do Campeonato Paranaense. No máximo, uma confusão que arrisca paralisar a competição, lá mais pra frente.