Emoção

Velhos amigos, Paulo Autuori se emociona e lamenta morte de Caio Júnior

Paulo Autuori e Caio Júnior eram muito amigos, desde os anos 1980. Foto: Aniele Nascimento

Amigos de longa data, o técnico do Atlético, Paulo Autuori, lamentou muito a morte de Caio Júnior, treinador da Chapecoense e que estava no voo que vitimou 71 pessoas entre jogadores, comissão técnica e diretoria do clube catarinense, além da tripulação. Muito abalado, o comandante do Furacão tentou se conter, mas em entrevista à RPC TV elogiou a postura do companheiro, dentro e fora do campo.

“As palavras, neste momento, quaisquer que forem, soam vazias, principalmente para aqueles que estão sofrendo a perda de seus entes queridos. Já tenho uma relação com o Caio e uma admiração muito grande por ele justamente por isso, por ser um homem de futebol, digo ser porque para nós ele sempre estará presente, nunca deixou que o futebol o embrutecesse, sempre foi muito sensível em relação ao que se passava dentro e fora do futebol. Lutou sempre contra situações como essa em que estamos vendo algumas pessoas ligadas ao futebol compararem tragédias com problemas desportivos. Essa é uma lição que, mais uma vez, temos que levar na vida, quando vejo considerarem um descenso de um clube com uma tragédia, quando vejo em algumas transmissões uma simples derrota desportiva ser tratada como drama, estamos vulgarizando demais palavras que expressam sentimentos extremamente fortes como esse que a gente passa. E o Caio é um cara que tem uma sensibilidade e que pessoas assim fazem muita falta no futebol e na vida”, disse ele.

Paulo Autuori e Caio Júnior trabalharam juntos como técnico e jogador, respectivamente, no Vitória de Guimarães, nos anos 1980. Depois, se enfrentaram várias vezes, no Brasil e no Catar, quando Autuori comandava o Al Rayyann, e Caio o Al Gharafa.

Este ano, por Atlético e Chapecoense, eles se enfrentaram três vezes, sendo uma pelo Campeonato Brasileiro e duas pela Copa do Brasil, quando o Furacão se classificou na competição e a Chape acabou indo para a Sul-Americana, onde chegou à decisão e faria o primeiro jogo da final contra o Atlético Nacional, na Colômbia.