"Nada a ver"

Presidente diz que jogo fora da Baixada não atrapalhou o Atlético na Libertadores

Thiago Heleno e Vanderlei no jogo de ida das oitavas da Libertadores. Foto: Albari Rosa

Se em campo o Atlético fez seu melhor jogo na temporada, mesmo sendo eliminado da Copa Libertadores, fora de campo ficaram questionamentos, principalmente à conduta da diretoria na temporada. O planejamento do início do ano ficou pelo caminho – dos reforços contratados em janeiro, apenas Jonathan foi titular na derrota desta quinta-feira (10) para o Santos, na Vila Belmiro. As trocas de treinador foram criticadas até por jogadores. E para muita gente um fator decisivo para a eliminação no torneio continental foi não ter jogado em casa o jogo de ida das oitavas de final.

A primeira partida contra o Peixe aconteceu na Vila Capanema, e terminou com vitória dos visitantes por 3×2. O jogo não aconteceu na Arena da Baixada porque o estádio rubro-negro estava cedido à Federação Internacional de Vôlei para a realização da fase final da Liga Mundial, vencida pela seleção francesa. Sem o Joaquim Américo, a diretoria do Furacão quis fazer valer o contrato de cessão do Couto Pereira com o Coritiba, mas o comando alviverde alegou que o gramado do seu estádio estava em recuperação e por isso não poderia alugar – na verdade, uma reação à forte rejeição dos conselheiros e da torcida coxa. Sem seu “plano B”, o Atlético foi para o Durival Britto.

Apesar do desgaste externo e da derrota em campo, a diretoria atleticana garante que não vê a não realização do jogo com o Santos na Arena como fundamental para a eliminação na Libertadores. “A gente tem que deixar isso para lá. Não pode atribuir a isso certamente. Não tem nada a ver. Nós começamos bem o jogo lá (Vila Capanema) e depois não deu certo. São erros que acontecem”, comentou o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed – agora oficialmente o homem forte do clube, com o afastamento do presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia.

O dirigente preferiu valorizar o rendimento do time na Vila Belmiro. “Achei que foi um dos melhores, senão o melhor que o Atlético fez. Faltou o gol. Infelizmente, fomos desclassificados em Curitiba. O que dá ânimo é que temos boas perspectivas agora para o segundo turno (do Brasileiro), o time está com disciplina tática, compromisso e organização. Fica um gosto amargo, mas a gente sai orgulhoso, o time fez uma excelente partida”, comentou Sallim, que sabe que é preciso mais cancha do clube em competições internacionais. “Tem que ir jogando, se acostumar a participar que um dia vamos ganhar. Não podemos perder a esperança”, resumiu.

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Apesar das críticas à diretoria, o presidente preferiu falar em união neste momento, para que o time seja “abraçado” na luta para voltar à Libertadores no ano que vem. “Eu penso que temos que deixar um Atlético cada vez mais forte e unido. Todos querem o bem do Atlético. As pessoas estão vendo que estamos no caminho certo. Existem turbulências, dificuldades, mas o que eu quero passar é que não percam as esperanças. Vamos continuar nesse ritmo e fazer esse esforço harmônico que os resultados vão aparecer”, finalizou Luiz Sallim Emed.