Um dos pontos fortes do Atlético desde o ano passado, apesar de algumas oscilações, a defesa pode sofrer um verdadeiro desmanche para 2018. Do quinteto considerado titular atualmente, apenas o lateral-direito Jonathan e o zagueiro Thiago Heleno têm vínculo com o Furacão para o ano que vem. Os demais seguem com situação indefinida.
O goleiro Weverton é o principal deles. O camisa 12 do Rubro-Negro, que foi campeão olímpico com a seleção brasileira em 2016, e vinha sendo convocado por Tite para o time principal do Brasil até julho, tem contrato apenas até maio da próxima temporada. Com isso, pode assinar um pré-contrato com qualquer outro clube a partir de novembro e até agora existe uma indefinição sobre sua renovação.
Já o zagueiro Paulo André, aos 34 anos, não descarta a possibilidade de encerrar a carreira no final do ano. O jogador termina seu contrato em dezembro e, recentemente, até postou uma foto com a camisa da comissão técnica, dando a entender que este poderia ser seu futuro. Antes da derrota para o Santos, no último sábado, na Vila Belmiro, o defensor falou sobre o assunto e disse que ainda não definiu o seu futuro, mas mais uma vez não descartou que 2017 possa ser o seu último ano como jogador.
“Não tenho nada definido. Meu objetivo é colocar o time de volta na Libertadores e aí em dezembro a gente vai sentar para fazer um balanço da carreira, da vida, da família e ai tentar decidir o melhor caminho”, afirmou Paulo André.
Por fim, Fabrício é o que menos ‘depende’ do Atlético. Emprestado pelo Cruzeiro, o lateral-esquerdo só tem vínculo com o Furacão até o final do Brasileirão. Depois, pode retornar à Raposa. Por não vir sendo aproveitado no time mineiro, acabou sendo liberado, mas diante das boas atuações com a camisa rubro-negra, e com uma possível ida do Cruzeiro para a Libertadores de 2018, Fabrício poderia retornar para aumentar as opções do elenco para o técnico Mano Menezes.
Da defesa considerada ideal, Jonathan, que recentemente renovou até o final do ano que vem, e Thiago Heleno, com contrato até o final de 2020, podem ser os únicos ‘sobreviventes’. Uma situação bem diferente da virada de 2016 para 2017.
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Do ano passado, quando o Rubro-Negro teve a melhor defesa do Brasileirão, com 32 gols sofridos, ao lado do Palmeiras, todo o sistema defensivo foi mantido. A única mudança entre os titulares foi a entrada de Jonathan no lugar de Léo, que perdeu espaço, mas continuou no elenco até a reta final do Campeonato Paranaense. O restante, formado por Weverton, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley, que saiu da lateral-esquerda ao longo do Brasileiro para voltar à posição de origem, no meio-campo, seguiu durante boa parte como ‘intocáveis’.
Independentemente de o Atlético conseguir uma vaga na Libertadores, a tendência é de uma reformulação, mas sem a necessidade de trazer reforços, uma vez que o goleiro Léo, que veio do Paraná Clube em julho, e o zagueiro Wanderson estão sendo preparados para, possivelmente, ganharem a posição. Caso Fabrício não renove, aí volta o grande problema do elenco, que é a lateral-esquerda. De qualquer forma, uma mudança radical naquele que, até então, vinha sendo o grande destaque da equipe na briga pelo torneio continental.