Em sexto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro, com 42 pontos, apenas três a menos que o Santos, o quarto colocado, o Atlético vê a boa campanha por conta de duas frentes. A primeira é o fator Arena. Melhor mandante da competição, o Furacão, em 14 jogos em casa, venceu 11, empatou duas e perdeu apenas uma. A outra, está na defesa.
Até aqui, o Rubro-Negro sofreu apenas 23 gols em 27 rodadas. Tem o melhor sistema defensivo do Brasileirão – em casa levou cinco gols -, compensando o ataque, o segundo pior, com apenas 27 gols, ao lado de São Paulo, Figueirense e Internacional, e à frente apenas do América-MG (19). E um dos responsáveis por estes bons números é o goleiro Weverton.
No Atético desde 2012, quando conquistou o acesso para a Série A, o arqueiro foi evoluindo. Em 2014, chegou a ser barrado no início do Campeonato Brasileiro, no único momento turbulento no clube. De lá pra cá, ele foi evoluindo até virar capitão do time e depois ser convocado para a seleção. Primeiro, foi medalha de ouro nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. Atualmente faz parte dos planos do técnico Tite e foi novamente chamado para a disputa das Eliminatória da Copa do Mundo, contra Bolívia e Venezuela, em outubro. Marcas que eram o sonho dele. Tanto que, recentemente, o goleiro tatuou nas pernas a lembrança da medalha.
Weverton também vem ajudando o Atlético no ataque. Segundo o site Footstats, o camisa 12 atleticano é o arqueiro que mais tem acertado lançamentos neste Brasileirão. Foram 157 vezes que ele lançou a bola para o ataque e ela foi dominada por algum jogador do time. Além disso, é o terceiro goleiro com maior acerto de passes, 285 no total, atrás apenas de Magrão, do Sport, com 309, e Vanderlei, do Santos, com 366.
Porém, tudo isso, por pouco, não foi manchado na semana passada. Diante do Grêmio, pela volta das oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena Grêmio, na disputa por pênaltis, o goleiro pegou três chutes do adversário e ia se tornando mais uma vez o heroi atleticano. Só que na sétima cobrança, ele recebeu uma ordem do técnico Paulo Autuori e foi para a cobrança, que Marcelo Grohe defendeu. Na sequência, Paulo André também errou e o Furacão foi eliminado. Na hora, parecia que Weverton havia pedido para bater, o que gerou muita revolta dos torcedores nas redes sociais.
Explicada toda a confusão, na vitória por 3×0 sobre a Ponte Preta, no último domingo, o primeiro gol rubro-negro saiu através de um pênalti, cobrado por Thiago Heleno. Mas, antes do zagueiro bater, muitos torcedores na Arena gritaram pelo nome do arqueiro, para que fosse para a cobrança. Um carinho e também um respeito vindo por parte dos atleticanos. “Sem dúvida, é o melhor momento da minha carreira”, avalia Weverton.