Volta por cima

Luis Henrique se redime com torcida do Atlético, mas destaca: “quero muito mais”

Luis Henrique no momento decisivo do jogo. Atacante espera que penalidade seja o começo de uma nova fase no Furacão. Foto: Roberto Custódio

Apesar da derrota por 2×1 para o Londrina, no último domingo (23), no Estádio do Café, o Atlético comemorou a classificação para a final do Campeonato Paranaense ao vencer por 5×3 nos pênaltis. E para um jogador especificamente as penalidades se tornaram especiais. Coube ao atacante Luis Henrique fazer a cobrança decisiva, que garantiu o Furacão na decisão.

Desta vez, diante do Tubarão, Luis Henrique não desperdiçou e pôde comemorar com a torcida a classificação, mas sem se contentar com esse momento importante.O jogador de 19 anos foi contratado para esta temporada pelo Rubro-Negro para ser o reserva imediato de Grafite. No entanto, ele ainda não marcou gols e não vinha tendo boas apresentações, sendo muito cobrado pelos torcedores. As críticas aumentaram ainda no começo do ano, em fevereiro, quando o jogador desperdiçou um pênalti no empate em 0x0 com o Toledo, na Arena da Baixada, ao fazer a cobrança com uma cavadinha e ver o goleiro adversário pegar.

“A expectativa era muito grande pelo que apresentei no Botafogo e fico feliz por isso. Prefiro trabalhar com a pressão positiva. Quando você sabe que tem capacidade para fazer, é bom. Eu sei que posso melhorar ainda e quero muito mais com a camisa do Atlético”, disse o atacante, que ressaltou que, mais importante do que fazer gols, é ver o time evoluir.

“A equipe melhorando, a individualidade aparece. Temos sempre que pensar no coletivo primeiro, para sustentar o individual. O que adianta eu fazer um grande lance e perdermos a partida? O que importa é o resultado final e espero que daqui para frente só melhore”, completou.

O camisa 9 atleticano também ganhou elogios do auxiliar-técnico Bruno Pivetti, que comandou o Furacão em Londrina. De acordo com ele, errar faz parte do aprendizado dos atletas e a cobrança diante do Tubarão mostrou que Luis Henrique está evoluindo.

“Aqui não tem crucificação, tem processo e conduta de formação. Os erros fazem parte do processo. Aquele erro faz parte do passado, ele aprendeu e desta vez bateu no mesmo canto que vinha batendo nos treinamentos e coroou um trabalho de meses”, destacou Pivetti.