Libertadores

Chegou a hora: Furacão tem que vencer uma fora de Curitiba

O Atlético de Paulo Autuori não vence fora de casa desde setembro do ano passado. Foto: Daniel Castellano.
O Atlético de Paulo Autuori não vence fora de casa desde setembro do ano passado. Foto: Daniel Castellano.

Jogar como visitante, desde que assumiu o Atlético, no início de março de 2016, não tem sido o forte do técnico Paulo Autuori no comando do Furacão. Depois do empate em 3×3 diante do Deportivo Capiatá, anteontem, na Arena da Baixada, no duelo de ida da última eliminatória antes da fase de grupos da Libertadores da América, o time atleticano terá que repetir um feito que pouco aconteceu sob o comando do treinador no último ano: vencer uma partida longe do Joaquim Américo.

Em duelos pelo Campeonato Paranaense de 2016 e desse ano, da Copa do Brasil, da Primeira Liga, do Campeonato Brasileiro e da Libertadores da América deste ano, o Furacão, sob o comando de Autuori fez 33 partidas e apresenta um aproveitamento muito ruim. Foram apenas cinco vitórias, oito empates e nada menos do que 20 derrotas, totalizando rendimento pífio de 23%.

Entretanto, na última temporada, o Furacão só conseguiu se sobressair nas competições em que disputou, principalmente no Campeonato Brasileiro, por seu rendimento como mandante. Porém, diante do modesto Capiatá, a equipe rubro-negra não foi bem, apresentou deficiências pouco vistas nos últimos tempos e nem de perto parecer ser aquela equipe que, em 2016, terminou o Brasileirão com a melhor defesa do torneio.

“Erramos completamente. Não tem que ficar aqui procurando erros claros. Certamente vamos fazer análise disso, não é difícil de fazer. Erramos na tomada de decisão e nos lances de bola parada no segundo e no terceiro gol. O primeiro também não é gol que se sofra”, lamentou o técnico Paulo Autuori, que confia na classificação no Paraguai, apesar das dificuldades que o Furacão vai enfrentar.

“Não tem que lamentar nada, a não ser os nossos erros. Erramos onde normalmente não costumamos errar. Defensivamente, tivemos dificuldades e não estivemos no nosso nível. Falhar em situações como essas não são situações fáceis porque o gol vale muito nesta fase. Tomar três gols, não sei o que é isso há muito tempo, mas vamos em frente. Vamos lá confiantes porque podemos reverter e conquistar a vitória. Erramos bastante. Você não pode fazer três gols e sofrer três. Mas espero que a equipe reaja e dê a volta. Se der a volta, vai ficar fortalecido”, prosseguiu o treinador do Furacão.

A última vitória do Atlético fora de Curitiba aconteceu no dia 21 de setembro, em Porto Alegre, quando venceu o Grêmio por 1×0 no tempo normal, mas acabou eliminado da Copa do Brasil na disputa de pênaltis. Antes disso, o último triunfo do Furacão aconteceu em 11 de julho, quando goleou o Cruzeiro por 3×0, no Mineirão. De lá para cá, foram 16 partidas disputadas como visitantes e, além do triunfo contra o tricolor gaúcho, foram 11 derrotas e quatro empates. Antes, no entanto, os reservas do Rubro-Negro enfrentam o Coritiba no Campeonato Paranaense, domingo (19), às 17h, na Arena.

O adversário

Se o desempenho como visitante não dá muitas esperanças para que o Furacão possa voltar de Capiatá, classificado para a fase de grupos da Libertadores, o rendimento do adversário jogando em casa não é dos melhores. Do início de 2016 até agora, foram 23 jogos disputados no acanhado estádio Erico Galeano com apenas sete vitórias, seis empates e dez derrotas. Entretanto, quando se trata de jogos eliminatórios, a equipe do técnico Diego Gavilán já provou que é forte. Nas duas primeiras eliminatórias da competição internacional, eliminou Deportivo Táchira e Universitario, e tem uma boa vantagem para alcançar a sonhada etapa principal do maior torneio de clubes da América.