Tudo misturado

Entre medalhões e novatos, Atlético do Campeonato Paranaense mostra opções pro grupo principal

Os dois gols do Furacão saíram de bola parada. Um com o experiente Deivid e outro com o estreante Felipe Dorta. Foto: Marcelo Andrade

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A vitória do Atlético por 2×1, obtida em cima do Maringá, no último sábado, na Arena da Baixada, mostrou que o time de aspirantes do Furacão vai dar trabalho para os adversários. Apesar de ter sido uma partida equilibrada na maior parte do tempo, com chances para as duas equipes saírem vitoriosas, o maior volume de jogo foi construído pelo Rubro-Negro, que encarou um adversário bem colocado defensivamente.

“Foi um bom teste de fogo contra uma equipe bem treinada, muito bem armada defensivamente, que apostava numa transição muito forte e a gente conseguiu com paciência ser premiado com um gol. Fico feliz com a performance da equipe”, disse o técnico Tiago Nunes.

Para garantir os três pontos, as bolas paradas fizeram a diferença para o Atlético. Os dois gols vieram de cobranças de faltas. O primeiro aconteceu logo no terceiro minuto da partida. Na cobrança, Yago rolou para Giovanny, que cruzou forte. O goleiro espalmou a bola e na sobra Deivid, de pé esquerdo, tocou cruzado e assinalou o primeiro gol atleticano na competição. Já aos 37 da segunda etapa, Felipe Dorta cobrou direto para o gol, a bola desviou na barreira e enganou Fábio, morrendo no fundo das redes.

Autor do primeiro gol do jogo, Deivid tem muito a comemorar. Depois de um 2017 difícil, com lesões e problemas com a comissão técnica, ele teve a chance de carregar a braçadeira de capitão no primeiro jogo de 2018.

“Quando disseram que eu ia fazer parte do sub-23 fiquei feliz por poder ajudar os meninos, mas também porque sabia que seria importante pra mim profissionalmente. Claro que temos ainda que treinar, mas vamos crescer, junto com os meninos, dia após dia”, disse o atleta de 29 anos.

O volante foi um dos veteranos que ‘encorparam’ o elenco atleticano na partida. O goleiro Léo, 27, e o atacante Ederson, 28, também estiveram em campo. E se os medalhões figuram entre os aspirantes, o contrário também poderá acontecer ao longo do ano, como explicou o técnico Tiago Nunes.

“Existe essa divisão entre os aspirantes e o principal, mas o Diniz gosta de fazer com que os atletas possam girar. Vai continuar acontecendo”, ressaltou.

Diniz, inclusive, fez questão de estar presente no jogo para ver de perto o desempenho dos jogadores que tem à disposição e que podem ser aproveitados em outras competições.

“Ele ainda está buscando o time ideal para a Copa do Brasil e primeiro quer achar soluções dentro do próprio clube. Então esse giro de atletas entre as equipes foi planejado. Apenas se não encontrar aqui no elenco o que quer, que poderá ir atrás de outros reforços”, finalizou Nunes.