Dedo do técnico

Empate com o Corinthians é valorizado, mas Atlético fica com sensação que faltou algo

Furacão deu trabalho, foi pra cima, criou chances e ainda marcou um golaço com Jonathan. Mas faltou aproveitar melhor as finalizações. Foto: Rodrigo Gazzanel/Estadão Conteúdo

Ficou uma sensação que dava pra conseguir mais. O empate em 2×2, diante da má fase que vive e do que o Corinthians vem fazendo neste Campeonato Brasileiro poderia ter sido muito comemorado pelo Atlético. Porém, o Furacão deixou o campo da Arena Corinthians, no sábado (15) à noite, com um gosto amargo, sabendo que poderia ter conquistado uma importante vitória.

“Dá muita moral, mas ficamos frustrados com o resultado. Começamos jogando bem, fizemos 1×0, mas depois em duas bobeiras sofremos dois gols. E jogar aqui é muito complicado, não podemos ter estes vacilos”, declarou o atacante Pablo.

Vacilos que, de fato, comprometaram o Rubro-Negro. Erros na marcação nos dois gols marcados por Jô, mas, principalmente, lá na frente. Quem via a escalação atleticana antes de a partida começar, esperava uma equipe fechada na defesa, jogando por uma bola. E nos primeiros minutos parecia que seria isso mesmo. Porém, aos poucos, o Atlético foi se soltando e levando perigo. O 1×0 foi construído em um contra-ataque, quando Jonathan fez fila na zaga adversária, mas foi depois que levou a virada que o Furacão partiu para cima.

Com a bola, o time já trocava passes mais ofensivos, visando chegar à área de Cássio, onde esteve por diversas vezes. Mas os erros no último toque e nas finalizações atrapalhavam a busca pelo resultado, que veio com um chute despretencioso de Otávio, que desviou em Balbuena e foi para o gol. De qualquer maneira, o empate veio já com dedos do técnico Fabiano Soares, que ainda não pôde ficar no banco de reservas, mas já fez o time jogar da maneira que ele quer.

“A primeira coisa que passei para eles é que eles estavam jogando em uma equipe grande, que lhe dá todas as condições de trabalhar. Então temos que jogar da mesma maneira dentro e fora de casa. Fiz umas mudanças na equipe para que ela fosse mais agressiva, roubamos muitas bolas e tivemos chances de ganhar o jogo”, analisou o treinador.

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O que não quer dizer que o comandante do Atlético ficou totalmente satisfeito. Se por um lado o Atlético já mostrou uma evolução ofensiva, atacando mais, por outro precisa melhorar na marcação.

“O que eu coloquei hoje (sábado) foi uma equipe mais intensa. Não podemos ficar lá atrás, temos que pressionar e jogar no campo contrário. A intensidade defensiva de alguns ainda tem que melhorar para pararmos de levarmos gols para conseguirmos as vitórias”, completou Fabiano, que deve estrear efetivamente contra o Botafogo, na quinta-feira, na Arena da Baixada.