Quase do zero

Em reformulação, Atlético vê base titular se desmontar para 2018

Caras no Atlético serão bem diferentes em 2018. Foto: Daniel Carom

Seedorf ainda nem assinou contrato com o Atlético para ser o técnico do time em 2018, mas já está percebendo que irá iniciar um trabalhar praticamente do zero. Até aqui, o Furacão se mostrou pouco ativo no mercado e vai vendo o elenco ter mais perdas do que ganhos.

Por enquanto, do time titular da última temporada, já foram embora o goleiro Weverton, o lateral-esquerdo Fabrício, o meia Lucho González e o atacante Douglas Coutinho. Além deles, o Rubro-Negro não renovou com o volante Eduardo Henrique e os atacantes Lucas Fernandes e Eduardo da Silva. Em contrapartida, anunciou oficialmente apenas o atacante Bergson, enquanto o lateral-esquerdo Thiago Carleto deve ser confirmado no início do ano que vem.

Como o time principal só estreia no final de janeiro, contra o Caxias, pela Copa do Brasil, enquanto o sub-23 é quem irá a campo no Campeonato Paranaense, o Atlético terá tempo para avaliar com calma o mercado e buscar reforços pontuais, à medida que o manager Seedorf sentir carência em determinadas posições.

Porém, o clube sairá atrás de todos os concorrentes em relação a contratações, uma vez que a grande maioria já está se movimentando e, inclusive, anunciando a chegada de novos jogadores.

A ideia do Furacão é reformular todo o departamento de futebol, passando pela diretoria, comissão técnica e até elenco. Em uma conta simples no momento, metade do time titular da era Fabiano Soares será modificado. Em quase um mês de pré-temporada, Seedorf terá tempo para implementar sua maneira de trabalhar e formar uma equipe nova, possivelmente com outra postura. Mas pode ter o trabalho ‘atrapalhado’ por conta da chegada de peças já com os treinamentos em andamento.

Por outro lado, como terá amplos poderes no clube, o holandês possivelmente é quem indicará alguns nomes para reforçar a equipe e, com isso, já terá um planejamento para as novas opções, além de ir conhecendo aqueles que já formarão o grupo no CT do Caju. Até por isso o Rubro-Negro está evitando uma’euforia’ no mercado. A exceção foi Bergson diante da forte concorrência pelo artilheiro da Série B. Vendo o atacante como uma ótima oportunidade de negócio, o clube passou à frente de Botafogo e Vasco e trouxe o atleta antes mesmo do acerto com o novo treinador.

De qualquer maneira, se de 2016 para 2017 o Atlético já tinha uma cara dentro de campo, apenas tentando se ajustar, para 2018 o torcedor terá que ter paciência e saber que o time irá, aos poucos, ganhando uma nova versão.