Triste adeus

Atlético teve a faca e o queijo na mão, mas foi eliminado na Copa do Brasil

Weverton cabisbaixo, Marcelo Grohe eufórico. Não há melhor resumo em imagem da eliminação de ontem. Foto: Vinícius Costa/Estadão Conteúdo
Weverton cabisbaixo, Marcelo Grohe eufórico. Não há melhor resumo em imagem da eliminação de ontem. Foto: Vinícius Costa/Estadão Conteúdo

Tinha tudo para ser uma noite épica. Tinha tudo para Weverton entrar para a galeria de grandes heróis do Atlético. Mas, não foi nada disso que aconteceu. O Furacão esteve a um pênalti de conseguir uma classificação histórica para as quartas de final da Copa do Brasil. Nos 90 minutos, segurou uma pressão que, se não foi tão assustadora, com poucos chutes, manteve os donos da casa a maior parte do tempo próximo da área rubro-negra.

Mesmo assim, o Atlético aproveitou a única grande chance que teve para mudar o panorama da partida. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Hernani bateu da entrada da área, Marcelo Grohe espalmou e André Lima, oportunista, aproveitou o rebote para mandar para as redes. Gol que deu a vitória ao Rubro-Negro por 1×0 e levou a disputa da vaga para os pênaltis. E aí, foi uma mistura de emoção, como sempre as penalidades fazem, com revolta, com tanto erro para uma noite só.

Confira como foi o jogo no Tempo Real da Tribuna!

No total, foram 16 pênaltis batidos e apenas sete convertidos (isso mesmo, nove jogadores não acertaram seu chute). Muito por causa dos goleiros. Weverton podia sair de Porto Alegre como o salvador atleticano. Nas primeiras cobranças, dois acertos. Na segunda, Edilson fez o dele e colocou o Grêmio na frente. Aí o goleiro do Furacão pegou três pênaltis seguidos e manteve o time vivo na disputa, uma vez que do outro lado Marcelo Grohe também estava inspirado e fez duas defesas, além de contar com a isolada de José Ivaldo.

Porém, vieram as cobranças alternadas e no sétimo chute a sorte parecia que estaria do lado rubro-negro. Kannemann chutou para fora e bastava o cobrador do Atlético acertar para o clube avançar na competição. Juninho foi até a entrada da área, mas eis que Weverton pegou a bola e passou a ser o responsável pela classificação. Era só marcar o gol, mas aí o goleiro acabou batendo e transformou Grohe no heroi da noite. O goleiro gremista fez a defesa e, na sequência, Guilherme fez e Paulo André acertou o travessão, mudando toda a história, construída ontem em Porto Alegre.

Apesar de precisar da vitória, o técnico Paulo Autuori optou por um esquema tático com três zagueiros. E sem contar com Wanderson e Marcão, que já jogaram pela Ferroviária, o garoto José Ivaldo ganhou uma chance ao lado de Paulo André e Thiago Heleno. A estratégia deu certo. O Grêmio foi com três atacantes a campo, mas foi completamente bloqueado pelo sistema defensivo atleticano.

Principalmente no segundo tempo, quando a pressão dos donos da casa aumentou. E quando a defesa não dava conta, Weverton deu. Ainda mais no chute de Guilherme, quando ele fez grande defesa e podia se consagrar. Mas a falha no chute acabou custando caro e chamando mais a atenção do que todas as defesas ao longo de toda a partida.

Vaidoso e irresponsável! Veja a opinião de Mafuz sobre o Atlético!