Ladeira abaixo!

Atlético tem seu segundo pior início de Brasileirão na era dos pontos corridos

Equipe de Fernando Diniz não tem agradado ao torcedor. Foto: Henry Milleo.

Começar o Campeonato Brasileiro com resultados ruins e atuações inconstantes não traz boas recordações ao Atlético. O início preocupante do Furacão em 2018, com apenas nove pontos conquistados em 11 partidas, é parecido com o início de campanha da edição de 2011 do torneio, quando o Rubro-Negro acabou sendo rebaixado à segunda divisão ao final daquela temporada. O time de Fernando Diniz, então, apresenta seu segundo pior início de torneio desde que o Brasileirão desde 2006, quando o Brasileirão passou a ser disputado por 20 clubes.

Porém, no Campeonato Brasileiro de 2011, a situação era ainda pior. O Atlético, depois de 11 rodadas, havia somado apenas cinco pontos e tinha o pífio rendimento de apenas 15%. Neste ano, a situação é um pouco mais favorável, mas nem tanto. Se o Brasileirão acabasse hoje, o time atleticano estaria rebaixado novamente à Série B com aproveitamento de somente 27%.

Por isso, o sinal de alerta já está ligado faz tempo no Atlético. Não apenas pela escassez de bons resultados, mas, sobretudo pela maneira que o time comandado pelo técnico Fernando Diniz vem atuando neste começo de Brasileirão. O Furacão, que conquistou apenas duas vitórias, não tem jogado bem e, por isso, o clube está afundado na zona de rebaixamento e sem perspectiva alguma de melhora.

De 2006 até hoje, além da atual temporada e da edição de 2011 do Campeonato Brasileiro, o Atlético marcou um início ruim na competição nacional em 2009, quando somou 11 pontos em 11 partidas. Naquele ano, o Furacão lutou até a reta final do torneio para não ser rebaixado e acabou escapando da degola na penúltima rodada. Mais uma prova que começar mal o Brasileirão não é um bom sinal que o Rubro-Negro terá uma caminhada mais tranquila daqui em diante.

Por outro lado, quando conseguiu começar bem o Campeonato Brasileiro, o Atlético conseguiu manter a regularidade e, nos anos de 2013 e 2016, garantiu classificação para disputar a Libertadores da América. Em 2013, inclusive, quando acabara de retornar da segunda divisão, o time rubro-negro, nas 11 primeiras rodadas, já tinha 16 pontos. Pontuação que, atualmente, o Corinthians tem ocupando a nona colocação.

Último tropeço do Atlético foi contra o São Paulo, em plena Arena da Baixada. Foto: Henry Milleo.
Último tropeço do Atlético foi contra o São Paulo, em plena Arena da Baixada. Foto: Henry Milleo.

Já em 2016, a campanha inicial do Atlético no Campeonato Brasileiro foi ainda melhor. O Furacão havia somado neste momento da competição nacional 17 pontos, com 51% de rendimento. Naquele ano, o Furacão lutou até o final e acabou garantindo a vaga para disputar a pré-Libertadores da América. Campanha idêntica a do Brasileirão de 2006, quando terminou o torneio na zona intermediária da classificação.

Confira a tabela e a classificação do Brasileirão!

O Atlético, no entanto, também provou nesses últimos 12 anos que começar bem o Campeonato Brasileiro não é significado de grandes campanhas. Nos anos de 2014 e 2015, por exemplo, o Furacão, nesse mesmo momento do torneio tinha 19 pontos – pontuação atual do Grêmio, 4º colocado-, mas acabou ficando no meio da tabela e longe de conquistar uma vaga para a Libertadores da América.

Independentemente do retrospecto e de tudo que o Atlético teve de aprendizado nos últimos anos, a única certeza para a sequência do Campeonato Brasileiro é que será preciso melhorar. Não apenas na busca por resultados, mas também para fazer o Furacão mais competitivo na competição nacional.