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Atlético mostra personalidade na partida que garantiu a sequência na Libertadores

Carlos Alberto chamou as faltas na disputa contra o Capiatá. Foto;

Paulo Autuori garantiu Lucho González várias vezes no time titular do Atlético. Desde que chegou ao Furacão, o gringo virou peça fundamental e nunca mais perdeu vaga na equipe. Este ano, então, todo mundo queria que ele saísse, mas o técnico sempre o deu força. E isso mesmo que o camisa 3 rubro-negro não desse a resposta que ele e a torcida esperavam. Se taticamente não deu, o argentino fez o gol mais importante da temporada – talvez das últimas temporadas.

Foi o gol da classificação do Atlético na fase de grupos da Copa Libertadores. Ontem, no estádio Erico Galeano, em Capiatá, o Furacão venceu o Deportivo por 1×0, gol de Lucho, e agora pode olhar para seus adversários no grupo 4 – o Flamengo, o San Lorenzo e a Universidad Católica, rival da estreia, no dia 7, às 21h, na Arena da Baixada. É uma conquista construída na base da luta e do sofrimento, mas que teve méritos. E que encerrou um jejum de exatos cinco meses e um dia.

Desde a partida de ida contra o Millonarios, na Baixada, foi uma trajetória sofrida. A torcida viu um Furacão ainda em ajuste, normal para uma equipe que atuou apenas quatro partidas em 2017 (justamente as da Libertadores) e que teve uma mudança profunda em relação ao time do ano passado. Mas a experiência do novo grupo acabou sendo decisiva. Primeiro com Grafite diante do Millonarios. Na volta, em Bogotá, o brilho de Weverton no pênaltis.

No jogo de ida contra o Deportivo Capiatá, foi a vez de Felipe Gedoz, que foi contratado porque tinha rodagem em Libertadores. E ontem foram Lucho González, Carlos Alberto e principalmente Jonathan, o melhor em campo no Erico Galeano. Claro que o personagem foi Lucho, por ter sido o autor do gol logo a onze minutos, quando o Furacão era melhor e fazia o que todos esperavam, mandava na partida.

Mas os outros foram tão ou mais decisivos que ele. Carlos Alberto foi o “malandro” atleticano, o cara que irritava os paraguaios, que segurava a bola e chamava as faltas. Na defesa, Jonathan deu uma aula. Sem fazer muitas faltas e sem precisar fazer malabarismos, tomou conta do setor, evitou o desgaste físico e chegou inteiro até o final do jogo, brilhando como o mais regular dos jogadores de linha neste início de temporada.

Não foi tranquilo, claro. Foram mais de quarenta cruzamentos na área do Atlético. Paulo Autuori apelou para Wanderson (no lugar de Lucho) para fechar de vez, mesmo que significasse mais sufoco. Foi o que aconteceu. Mais pressão, mas Weverton não trabalhou. E a classificação veio. O Atlético passou e agora terá adversários fortes a partir do dia 7 de março. Mas chegou. E é isso que vale neste momento.