Pela primeira vez neste ano a Arena da Baixada lembrou o Caldeirão que um dia foi. Ainda que o número do público presente tenha ficado longe do que se espera para um jogo de decisão, a arquibancada cinza do estádio do Atlético ganhou vida com os cantos da torcida organizada que embalou o time nos 90 minutos.
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Por meio de um acordo, Diretoria e Organizada se entenderam com o objetivo de promover a festa que valia título. O resultado? O título da Taça Caio Júnior e a coroação da campanha invicta do time no Campeonato Paranaense, que veio sob o barulho forte do torcedor incentivando o time. Ainda que o ajuste entre as partes precise de muito para agradar os dois lados, o eco nas arquibancadas lembrou que é urgente que o impasse tenha um fim para o bem do Rubro-Negro.
No jogo que valia o título do segundo turno do Estadual, foi permitido que a torcida organizada entrasse com instrumentos musicais, bandeiras sem mastros e faixas de até quatro metros de comprimento, desde que tivessem somente identificação com o Atlético. Qualquer material que fizesse alusão à torcidas organizadas eram vetados.
O local destinado à festa foi a arquibancada superior do setor Getúlio Vargas Superior. Como a organizada foi transferida de lugar, sócios de outros setores também foram realocados. Aqueles que frequentam a Buenos Aires Inferior puderam optar por assistir ao jogo no Setor Getúlio Vargas Superior. Já os Sócios do Setor Getúlio Vargas tiveram a oportunidade de assistir à partida no Setor Brasílio Itiberê Superior.
A troca dos locais de acesso confundiu muita gente. As mudanças nas entradas, somadas à lentidão da biometria, fizeram com que muitos torcedores do Furacão conseguissem entrar no estádio para assistir ao jogo apenas no segundo tempo. Mesmo com a insatisfação pela demora na entrada, nada atrapalhou a comemoração dos atleticanos. Ver o time de Tiago Nunes jogar, e vencer, traz satisfação, tranquilidade e alegria ao torcedor. Ainda mais diante de uma arquibancada vibrante.