Opinião

#Atletiba: O que faz um time campeão?

Atlético em 2016, Coritiba em 2017. E agora, quem levantará a taça? Fotos: Arquivo e Marcelo Andrade

Parece que é uma receita pronta, que é só acrescentar e misturar todos os ingredientes e pronto, está lá um time destinado a levantar troféus. Mas será que é tão simples assim? Claro que não, né!

O futebol é, talvez, o único esporte do mundo em que o time mais fraco pode levar vantagem sobre o favorito. Você não vê isso em outras modalidades. No basquete, no vôlei, no atletismo, no automobilismo, no tênis, quase sempre os melhores vencem. Muito difícil acontecer de um “azarão” levar a melhor.

Vamos pegar como exemplo o nosso Campeonato Paranaense. Estamos na final, com o maior clássico do nosso futebol. O Atlético, mesmo jogando com o chamado time de aspirantes, foi, de longe, o time mais eficiente, que mostrou o melhor futebol. Tanto que terminou em primeiro lugar geral.

No primeiro turno, o Furacão só não chegou à final da Taça Dionísio Filho porque falhou na disputa de pênaltis com o Rio Branco. E no segundo, não deu a menor chance aos adversários e levou a Taça Caio Júnior. Entrou como franco favorito para a finalíssima.

Do outro lado, o Coritiba, que venceu a Taça Dionísio Filho com propriedade, mas que deu o maior vexame no segundo turno, terminando, inclusive, na lanterna do seu grupo. Então, pela lógica, o Atlético iria atropelar o Coxa na grande final, né?

Serão 90 minutos, com 11 jogadores de cada lado, cada um com sua estratégia e com a lógica sendo chutada para o alto.”

Mas, como o futebol não tem lógica, não foi isso que aconteceu. No primeiro jogo, no Couto Pereira, o Coritiba soube anular as jogadas do Furacão, fez o seu gol, venceu e ainda garantiu a vantagem do empate para conquistar o título. Além disso, acabou com a invencibilidade do rival, que, apesar de não ter vencido o primeiro turno, ainda não tinha perdido no campeonato.

Agora o Atlético joga em casa, está mordido e vai querer mostrar porque chegou à decisão como favorito. Mas para isso não basta apenas contar com o retrospecto. No domingo, na Arena da Baixada, toda a campanha, quase perfeita, que o Furacão fez até agora servirá para garantir o título.

Serão 90 minutos, com 11 jogadores de cada lado, cada um com sua estratégia e com a lógica sendo chutada para o alto. Isso faz o futebol ser tão encantador. Essa é a magia. Quando o melhor time do campeonato entra em campo, com a missão de reverter um placar desfavorável e correndo o risco de ver o maior rival dar a volta olímpica nos seus domínios.