Campo de Santana

Sinal de risco!

Escrito por Magaléa Mazziotti

Um semáforo que interrompe abruptamente a viagem de quem segue pela BR- 116, na altura da Rua Vereador Angelo Burbello, no bairro Campo do Santana e gera filas de veículos tanto na rodovia, quanto para os motoristas que tentam cruzá-la. Por enquanto, essa é a situação enfrentada diariamente por motoristas que se deslocam pelo trecho Curitiba – Fazenda Rio Grande da BR-116 ou tentam se deslocar do Campo Santana para o Umbará e vice-versa na ligação via Angelo Burbello.

Para os moradores, que já haviam protestado contra o bloqueio desse cruzamento, a “solução provisória” ao menos liberou a passagem de quem queria sair do Campo do Santana para o Umbará e demais bairros da região. “O semáforo foi melhor do que o bloqueio, mas o certo para esse lugar seria a trincheira”, avalia o motorista de caminhão Iraí Hoffmann de Souza. “Só que do jeito que ficou, quem faz a conversão da rua para a rodovia pode ser multado, já que nem sempre dá tempo de virar antes de abrir o semáforo da BR-116”, aponta o frentista Joelson Z. da Silva. “É um sufoco passar por aqui, ainda mais para os caminhões”, acrescenta o caminhoneiro José Benedito Alves de Lima.

A presença dos agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) demonstra a fragilidade da forma encontrada para liberar o fluxo da Angelo Burbello. Os agentes, na medida do possível, deslocam quase que diariamente equipes para fiscalizar e orientar o trânsito na região desde o dia 2 de maio, quando o semáforo foi instalado. A concessionária responsável pelo trecho, Autopista Planalto Sul, é contra a implantação do equipamento por entender que gera riscos a quem trafega nos 12 mil veículos que passam pelo local diariamente. Desde que o sinal foi colocado, já houve oito acidentes no cruzamento da Angelo Burbello, de acordo com a Autopista.

Para resolver o problema, ficou acertado que a prefeitura de Curitiba fará uma trincheira em desnível no cruzamento da Angelo Burbello, e o governo do Estado, via Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), construirá outra no entroncamento da BR-116 com a Rua Jorge Tortato. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informou que segue com o compromisso de elaborar o projeto de execução da trincheira ainda neste ano, bem como realizar a licitação a tempo dos recursos serem incluídos no orçamento da capital para o ano que vem. Já a Comec relatou que o projeto executivo está pronto, mas aguarda o Ministério das Cidades abrir o PAC da Mobilidade para pedir recursos. A intervenção fazia parte do corredor metropolitano, que saiu do PAC da Copa. O órgão estadual chegou a reapresentar o projeto no PAC 50, mas não foi aprovado.

Solução provisória

Enquanto as trincheiras não saem do papel, a concessionária se comprometeu a abrir provisoriamente dois retornos em nível nos cruzamentos que foram fechados por conta da duplicação da BR-116. A previsão da Autopista é que as obras sejam concluídas até o final de agosto. Quando os retornos estiverem liberados, já está certo que o semáforo será retirado. Segundo a concessionária, já foi feita a terraplenagem e agora o trabalho está concentrado nas fundações. A promessa de retirada do sinaleiro foi o que encerrou o questionamento feito pela prefeitura de Fazenda Rio Grande à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a finalidade do equipamento, que não conta com redutores de velocidade e radares ao longo do percurso.

Colaborou: Olavo Pesch

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– Você acredita que a obra da trincheira será incluída no orçamento de Curitiba em 2015?

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Sobre o autor

Magaléa Mazziotti

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