Tatuquara

Ruas da amargura

Escrito por Andrea Côrtes

Percorrer muitas ruas do bairro Tatuquara, em Curitiba, exige atenção e cuidado de motoristas e pedestres. Mas o problema não está apenas nas vias menores e menos movimentadas. Ruas principais também são alvo de críticas de motoristas, pedestres e moradores. A Rua Antônio Zanon, por exemplo, é uma importante via de acesso da BR-116 em direção ao bairro do Tatuquara e vai até a Rodovia do Xisto, na Cidade Industrial de Curitiba.

Povo cobra revitalização da Antônio Zanon. Foto: Paulo Lisbôa
Povo cobra revitalização da Antônio Zanon. Foto: Paulo Lisbôa

A grande reclamação de quem circula pela rua é que sejam adotadas medidas que possam reduzir o número de acidentes, especialmente nas proximidades de acesso ao condomínio Aquarela, localizado próximo a uma curva fechada. Os moradores do condomínio reclamam que a rua é bastante movimentada, com muitos carros, caminhões e linhas de ônibus e que é comum acontecerem acidentes. “Aqui a região é bastante crítica e sempre dá bastante problema. No começo do ano um ônibus atingiu um poste e causou um grande transtorno”, conta um dos moradores.

Além disso, segundo eles, a rua é estreita e não tem calçamento e ciclovia, por isso, pedestres e ciclistas precisam dividir espaço com os carros.

A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) afirma que está elaborando um projeto para a pintura de linha amarela contínua na via, entre as ruas Presidente João Goulart e Delegado Bruno de Almeida. “O projeto ainda prevê sinalização vertical indicando a curva e regulamentando a velocidade no local”, informa.

Mais melhorias

Andar pelo bairro também é um exercício de paciência para tentar desviar dos buracos. É o caso da Avenida Pero Vaz de Caminha. As condições de boa parte da via são extremamente precárias, já que em um longo trecho ela não é sequer asfaltada e é tomada de pedras e buracos.

Pedestres sofrem pra caminhar pela Avenida Pero Vaz de Caminha. Foto: Paulo Lisbôa
Pedestres sofrem pra caminhar pela Avenida Pero Vaz de Caminha. Foto: Paulo Lisbôa

“Faz 20 anos que eu moro aqui e ela sempre foi assim. Cansamos de brigar com a prefeitura para colocar asfalto, mas até agora nada”, relata a dona de casa Ana Paula Klein, que tentava andar com o filho no carrinho de bebê. Ela conta que quando chove a situação piora porque a rua alaga e as pedras descem para as ruas de baixo. “Para andar aqui é uma tristeza”, diz.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas, a pavimentação da rua, entre as vias Adriana Ceres Zago Bueno e Jornalista Silvino Alves Batista, está prevista na Lei Orçamentária Anual e deverá ser executada no decorrer deste ano.

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Andrea Côrtes

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