São Francisco

Vizinhos sem linha

Escrito por Magaléa Mazziotti

cacadores-de-noticias-1Passar mais de uma semana sem telefone fixo, internet e previsão de restabelecimento do serviço. Essa é a situação de moradores e profissionais liberais instalados em um dos endereços da Rua Paranaíba, no Alto São Francisco, localizado a apenas algumas quadras do prédio da operadora Oi.

A suspensão do serviço ocorreu no dia 27 de novembro, quando um caminhão que seguia pela Rua Inácio Lustosa enroscou nos cabos de telefonia dos postes instalados na altura do cruzamento com a Rua Parnaíba e, como consequência, os moradores ficaram sem telefone e internet. “Imediatamente comunicamos a operadora Oi, mas a semana passou e continuamos sem telefone, internet e sem saber quando o serviço voltará ao normal”, explica o advogado Geraldo Doni Júnior.

Segundo ele, todos os profissionais do escritório foram diretamente afetados com a falta dos serviços, uma vez que a consulta dos processos em tramitação na Justiça se dá pela internet. “Escrevi um livro sobre a responsabilidade civil do advogado de não perder prazos e me vi nessa situação absurda. Por conta desse descaso da operadora, tive que ficar indo e voltando até a minha residência para poder acessar a internet e acompanhar o andamento dos processos”, descreve.

“Outro transtorno foi com os clientes que ligaram para cá e não conseguiram conversar com nossos profissionais. Alguns deduziram que já tínhamos entrado em recesso, ou seja, foi uma semana em que todo o trabalho ficou comprometido”, acrescenta o advogado.

cacadores-de-noticias-2Além da demora no conserto, os clientes da Oi afetados pela falta do serviço reclamam da falta de atenção no atendimento. “Fomos ignorados no atendimento, tanto que também procuramos a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)”, explica o engenheiro civil Mário Hideharu. “Eles falaram em cinco dias para resolver o problema, mas o prazo encerrou e seguimos sem o serviço”, acrescenta o advogado.

A Oi foi procurada pela reportagem e disse que irá enviar uma equipe técnica ao endereço indicado para verificar a situação.

Trecho perigoso

A moradora Marlene Chamun, que reside na Rua Parnaíba há 52 anos, reclama que além da falta de telefone por conta do acidente com o caminhão, os moradores convivem com acidentes constantes, principalmente envolvendo os cabos de alta tensão e de telefonia. “A altura dos caminhões que passam por aqui alcança a fiação dos postes e os acidentes sempre ocorrem”, constata a moradora.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) explicou que a Coordenadoria de Obras de Curitiba (COC) irá fazer uma vistoria no local para verificar a situação da altura dos postes na região.

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Magaléa Mazziotti

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