Piraquara

Maratona do bem

Vigilante de Piraquara faz cinco corridas para ajudar a arrecadar recursos para crianças com problemas de saúde

“Fazer o bem por essas crianças será minha recompensa”. É assim que o vigilante Vilmar Leonel Babio, 35 anos, morador de Piraquara, define a decisão que tomou. Ao ver as notícias sobre cinco pequenos que sofrem com doenças diferentes e precisam de ajuda para seus tratamentos, ele decidiu que queria fazer algo em prol dessas crianças. Usando uma camiseta de Mirella do Nascimento Pires, que teve a história contada no último mês de março, ontem Vilmar fez a primeira de cinco maratonas. “A ideia é, principalmente, chamar a atenção para a situação dessas famílias que precisam de ajuda”.

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Segundo o vigilante, que está se recuperando fisicamente depois de uma contusão, as corridas vão ajudar no esforço físico necessário. Vilmar contou que teve a ideia depois de ver as matérias da Tribuna do Paraná, que contavam as histórias das crianças que precisam de ajuda para os tratamentos. “Quando não temos muita condição financeira, a gente arruma outro jeito de conseguir ajudar, e esse foi o meu jeito”, explica.

Primeira maratona de Vilmar foi em prol da Mirella. Foto: Gerson Klaina
Primeira maratona de Vilmar foi em prol da Mirella. Foto: Gerson Klaina

Camisetas autografadas

Desde o dia em que carregou a tocha olímpica, no ano passado, e conseguiu ajudar um menino que precisava de uma cadeira de rodas motorizada, Vilmar viu que podia fazer a diferença. “Um empresário viu a matéria da Tribuna contando sobre a minha ideia de autografar a tocha. Ele me procurou e doou não só uma, mas duas cadeiras. Conseguimos ajudar duas pessoas”, relata.

Aquele contato com empresário levou Vilmar a planejar sua nova iniciativa. “Foi aí que decidimos fazer uma camiseta para cada criança, cinco ao todo, e depois das minhas corridas levarmos para que jogadores as autografassem”.

Com a parceria que conseguiu, os jogadores do Atlético Paranaense, do Coritiba e do Paraná Clube aceitaram fazer parte dessa corrente do bem. “Depois de autografadas, as camisetas vão ser dadas de presente para as famílias para que os pais possam fazer uma rifa, da forma que acharem melhor, para ajudar a arrecadar dinheiro”, conta.

Além de Mirella, Clayton – o menino que ganhou a cadeira de rodas – também vai ser uma das crianças que vai ganhar a camiseta autografada pelos jogadores. As famílias de Lorenzo, Bernardo e Livia também vão poder rifar as camisetas passadas pelas mãos dos ídolos do futebol paranaense.

Nos horários de folga

As próximas corridas do vigilante estão agendadas para os dias 25, 27, 29 e 31 de maio. Em cada dia ele vai percorrer um trajeto diferente, seguindo a ideia dos 42 quilômetros em cada percurso. “Sempre intercalando com meus horários de trabalho. Na folga, a gente faz a nossa parte”, finaliza Vilmar.

Sobre o autor

Lucas Sarzi

Jornalista formado pelo UniBrasil e que, além de contar boas histórias, não tem preconceito: se atreve a escrever sobre praticamente todos os assuntos.

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