Curitiba

De olho no preço

Posto na região central tinha os preços mais caros na tarde de ontem. Foto: Felipe Rosa
Escrito por Giselle Ulbrich

Pesquisa da Tribuna do Paraná nos postos de Curitiba revela variações de quase R$ 0,60 no litro dos combustíveis

Com a chegada do feriadão de Páscoa, o preço dos combustíveis tende a encarecer. O consumidor deve ficar atento a esta variação nos próximos dias, para não pagar mais caro antes de viajar. A Tribuna do Paraná visitou 21 postos de Curitiba, em 13 bairros diferentes, e encontrou uma variação de até R$ 0,58 no preço do etanol e R$ 0,55 na gasolina comum.
Foram 13 bairros visitados: Santa Felicidade, Bom Retiro, Batel, Centro Cívico, Ahú, Mercês, Centro, Rebouças, Prado Velho, Parolin, Guaíra, Novo Mundo e Água Verde. O bairro com os preços mais atrativos foi o Novo Mundo. Os mais caros estavam no Centro.

É preciso pesquisar bastante para economizar na hora de abastecer. Foto: Felipe Rosa
É preciso pesquisar bastante para economizar na hora de abastecer. Foto: Felipe Rosa

Para o etanol, o preço mais em conta (R$ 2,41) estava no Posto Sabiá, na Rua Doutor Leão Mocellin, em Santa Felicidade, um dos postos fechados pela operação Pane Seca, há duas semanas. Ontem, ele funcionava normalmente. Três estabelecimentos vendiam etanol a R$ 2,44: posto Paiol, na esquina das ruas João Negrão com Baltazar Carrasco dos Reis (divisa do Rebouças com Prado Velho); Bolinha, na esquina da Rua Alferes Poli com João Parolin (Parolin); e o Shell da Rua Brasílio Itiberê, esquina com a Rua Brigadeiro Franco (Rebouças). O posto mais caro, a R$ 2,99, foi o Ipiranga na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua João Negrão (Centro).

Preço mais baixo da gasolina foi encontrado no Novo Mundo. Foto: Felipe Rosa
Preço mais baixo da gasolina foi encontrado no Novo Mundo. Foto: Felipe Rosa

Para a gasolina, o preço mais baixo (R$ 3,14) foi encontrado num posto BR na esquina das Ruas Antônio Gasparim (via rápida) e Francisco Ader, no Novo Mundo. A reportagem encontrou dois postos vendendo o derivado do petróleo a R$ 3,17: Posto Paiol e Posto Bolinha.

Povão atento

Vereador de Piraquara, José Eugênio abastece sempre em Curitiba. Foto: Felipe Rosa
Vereador de Piraquara, José Eugênio abastece sempre em Curitiba. Foto: Felipe Rosa

Há dois anos, o vereador de Piraquara José Eugênio Huller, 56 anos, vem duas ou três vezes para o bairro Bom Retiro, em Curitiba, para tratamento dentário. E abastece o carro no Posto Criança, na Rua Doutor Roberto Barroso, porque é o local onde encontra a gasolina mais em conta no seu trajeto (R$ 3,19). “Em Piraquara é muito caro: R$ 3,69 o litro e só tem dois postos. Estou sempre acompanhando os preços lá e em Curitiba. Percebo que muitos postos aumentam na véspera do feriado, na cidade e nas BRs. Aqui neste posto o preço é sempe o mesmo, não varia”, observa.

Diego: preços sempre aumentam na véspera de feriado. Foto: Felipe Rosa
Diego: preços sempre aumentam na véspera de feriado. Foto: Felipe Rosa

O taxista Diego Luiz Carvalho, 29, gosta de abastecer seu automóvel na Rua João Bettega, no Portão, onde a gasolina está R$ 3,19. Ele nota que os preços aumentam nas vésperas de feriado. Já o vendedor Reniston Windson, 46, abastece sempre no Posto Bolinha, no Parolin. “Gosto daqui porque o preço, a qualidade do combustível e o atendimento são bons, é perto de casa e porque, se aumenta nas vésperas de feriado, é um dos últimos a aumentar”, diz.

Denuncie aumentos repentinos

Claudia Silvano, coordenadora do Procon-PR, ressalta que as pessoas devem ficar atentas aos aumentos de preços repentinos nas vésperas de feriados. Denúncias podem ser feitas tanto ao Procon (0800 411 512) ou à Agência Nacional de Petróleo (0800 970 0267), que semanalmente pesquisa não só os preços, mas principalmente a qualidade dos combustíveis nos postos de todo o País. O consumidor pode acessar a pesquisa da ANP no site da agência (www.anp.gov.br).

“O que pouca gente faz é pedir a nota fiscal depois que abastece o carro. Tem que pedir, pois se o carro apresenta algum problema em razão da qualidade do combustível, o consumidor tem um documento para provar onde abasteceu da última vez. E se o preço do combustível estiver muito barato, fora do que o restante do mercado cobra, o consumidor tem que deconfiar. Só abasteça se for um posto da sua confiança, pois a chance do combustível estar adulterado é grande”, alerta Claudia.

Sobre o autor

Giselle Ulbrich

(41) 9683-9504