Centro

Quero trabalhar!

Família de Campina Grande do Sul tem três irmãos desempregados há mais de um ano

Ketlyn: para mim, não tinha nenhuma vaga. Foto: Felipe RosaKetlyn: para mim, não tinha nenhuma vaga. Foto: Felipe RosaDesempregada há quase dois anos, desde que perdeu seu trabalho como operadora de caixa, a jovem Ketlyn Gomes, 22 anos, que mora em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, segue em busca de uma nova oportunidade. Para voltar ao mercado, sua estratégia tem sido percorrer as empresas de recursos humanos, além de ir com frequência até a Agência do Trabalhador, no Centro de Curitiba, que desde o dia 12 deste mês funciona em sua nova sede na Rua Pedro Ivo, 503.

“Estou procurando emprego em qualquer área, faz bastante tempo. Hoje cheguei aqui na Agência do Trabalhador às 7h45 e fui atendida quando eram quase 10h. Achei que foi mais rápido do que antes. Mas infelizmente para mim, não tinha nenhuma vaga”, diz. E ela não está sozinha. Na árdua missão de encontrar um trabalho, Ketlyn conta com a companhia de dois de seus quatro irmãos.

Renata: família no sufoco. Foto: Felipe Rosa
Renata: família no sufoco. Foto: Felipe Rosa

“A família toda está no sufoco, são três irmãos desempregados. Quando nós chegamos aqui na agência estavam atendendo a senha 12. Nós conseguimos pegar a senha 130, mas não demorou muito. Estou há um ano procurando e está bem difícil. A gente sai de casa, gasta o que não tem, com transporte e alimentação, e sai sem nada”, conta a desempregada Renata Gomes, 26, que antes trabalhava como auxiliar de locadora.

Na mesma situação, Renan Gomes, 25, acompanha suas irmãs. “Também procuro trabalho há um ano e pouco, o que aparecer, mas não dei sorte, não tinha nada para mim ou para elas hoje. Eu sempre vinha na agência antiga e lá, cansei de chegar e só conseguir senha após às 13h. Era ruim, mas enquanto esperava, aproveitava pra ficar procurando algo nas empresas de RH”, relata.

Renan procura emprego há mais de um ano. Foto: Felipe Rosa
Renan procura emprego há mais de um ano. Foto: Felipe Rosa

Morador de Araucária, o motorista desempregado Vanderlei Sampaio, 38, também aguardava para ser atendido na manhã de quinta-feira (22), quando a Tribuna esteve no local. “Tá complicado, estou quase há um ano parado. Mando muitos currículos e nada. Esta é a primeira vez que venho na nova agência, achei que o atendimento está a mesma coisa do que na outra. Cheguei às 8h e às 9h30 ainda estava esperando”.

Agilidade

De acordo com o gerente da Agência Central do Trabalhador de Curitiba, Rafael Santos, as novas instalações prometem mais conforto e agilidade para os trabalhadores, para os empresários que ofertam as vagas e para os próprios funcionários da instituição. Na agência, além da busca por vagas, é possível fazer o requerimento do seguro-desemprego, inscrição para cursos de qualificação profissional e ainda obter orientações sobre empreendedorismo individual.

“Estamos aqui há cerca de duas semanas, em um prédio que foi reformado para funcionar como a agência, um espaço melhor dividido, com mais salas e com a estrutura necessária para que as empresas possam fazer as entrevistas aqui, o que gera economia de vale-transporte aos trabalhadores e agilidade para os empresários. Além disto, temos uma área de espera mais próxima do atendimento, onde estão os 30 guichês, o que também traz mais rapidez”, explica.

Segundo ele, diariamente são distribuídas mil senhas por dia para as pessoas que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. E com a nova estrutura, a ideia é aumentar a capacidade de atendimento, para preencher as cerca de 680 vagas disponíveis diariamente.

Nova sede da agência melhorou atendimento ao público. Foto: Felipe Rosa
Nova sede da agência melhorou atendimento ao público. Foto: Felipe Rosa

Seguro-desemprego

Ainda de acordo com Santos, os problemas para dar a entrada no seguro-desemprego, que afetavam e desafiavam a paciência dos trabalhadores, já foram superados. “Hoje está muito mais rápido e tranquilo. Tivemos problemas no começo do ano (como a Tribuna mostrou), mas agora isto foi regularizado. Hoje ofertamos em torno de 1.100 espaços para o seguro-desemprego, e na metade desta manhã, ainda havia 800 disponíveis. Para quem precisa, a orientação é fazer o agendamento pela internet. Caso a pessoa não tenha condições ou não sabia mexer no computador, temos algumas vagas para atendimento pessoal”, orienta.

De janeiro a maio deste ano, foram pagos 150.872 benefícios no Paraná, totalizando R$ 876,4 milhões. A quantidade é 5% inferior à registrada no mesmo período de 2016, quando 158.972 desempregados receberam R$ 905,7 milhões.

Serviço
Agência do Trabalhador de Curitiba
Rua Pedro Ivo, 503 – Centro
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

Sobre o autor

Paula Weidlich

(41) 9683-9504