A adolescência é uma fase que ocorrem muitas alterações de ordem física, psicológica e social. Neste período, com frequência, os jovens manifestam insegurança a respeito do seu corpo e aparência, o que impulsiona a busca por práticas como a musculação. Diante disto, os pais se deparam com várias dúvidas, sobretudo até que ponto esta atividade é saudável aos seus filhos.
Antigamente acreditava-se que este tipo de exercício interferia no crescimento, algo que a maioria dos estudos contemporâneos refuta. Hoje, diversas instituições conceituadas na área da saúde recomendam o treinamento resistido para adolescentes, considerando-o seguro, desde que supervisionado e bem orientado.
O aumento da força muscular, da resistência, da flexibilidade e da densidade óssea, a melhoria das habilidades motoras, da postura e da composição corporal, e o simples fato de combater o sedentarismo, estão entre os principais argumentos favoráveis.
Entretanto, a musculação realizada com o objetivo de aumentar a massa muscular é pouco eficaz e pode desencadear danos às estruturas ósseas e articulares dos adolescentes, uma vez que elas não estão totalmente maturadas, e aí sim comprometer o crescimento, além de predispor a outras lesões e alterações fisiológicas indesejadas. Não obstante, muitos jovens insistem nisso, assumindo comportamentos que são nocivos a sua saúde.
É fundamental, então, que o planejamento e a metodologia aplicados na musculação se dissociem da intenção de ganho da massa muscular. Para tanto, o treinamento deve oferecer resistência sem sobrecarga excessiva, isto é, de baixa intensidade. A duração e a frequência também precisam ser controladas, três sessões semanais de até 60 minutos são suficientes. Outra recomendação é a prescrição de exercícios de fácil execução e variados.
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