É hora de parar!

Durante os Jogos Olímpicos assistimos os atletas superando seus limites constantemente. Depoimentos e imagens marcantes ocupam nosso imaginário. Quem não se lembra da épica chegada da suíça Gabrielle Andersen na maratona das Olimpíadas de Los Angeles em 1984? Cambaleante, quase desmaiando, terminou a prova. Uma cena impressionante, símbolo de superação que atravessou gerações.

Cansaço extremo, esforço mediante grandes desconfortos físicos, dores, até mesmo perda de consciência, são situações comuns e, de certa forma, aceitáveis nos esportes de alto rendimento.

É importante reconhecer, todavia, que estes esportistas estão acostumados e são treinados para tanto, contam, também, com amparo médico imediato e, em grande parte, têm plena ciência da sua condição de saúde atual. Ainda assim, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomenda a interrupção da prova em casos semelhantes, visando preservar a integridade dos atletas.

No cotidiano dos praticantes de atividade física como lazer ou mesmo no esporte amador, os episódios não são tão dramáticos, mas ocorrem com frequência. Diversas vezes nosso corpo dá sinais que é hora de parar. Além do cansaço generalizado e das dores musculares, facilmente perceptíveis durante os exercícios, outros indicadores merecem atenção: tremor, cãibra, dificuldade em controlar os movimentos, sudorese, tontura, aceleração dos batimentos cardíacos, calafrio, alterações visuais, desconfortos corporais incomuns, dor de cabeça, falta de ar e náusea.

Estes sintomas podem variar conforme a pessoa e representam diferentes circunstâncias, mas certamente acenam para a interrupção daquilo que estamos fazendo. A negligência destes alertas biológicos sempre é acompanhada de riscos ao organismo.

Entretanto, se os sinais persistirem após o encerramento da atividade física ou acontecerem com regularidade, uma avaliação médica é imprescindível, como também, eventuais ajustes nas condições do treinamento devem ser considerados.

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