De carona com a tecnologia

Começaram bem o ano, os taxistas. Continuam de birra contra algo que não tem mais volta. Aplicativos que ligam motoristas dispostos a transportar, com passageiros que necessitam ir e vir, são realidade imutável. Tecnologia digital, móvel, que mudou para sempre um setor por décadas estabilizado. É assim que a coisa funciona.

Neste momento, em vários cantos do mundo, pequenos gênios estão reunidos em startups mil, planejando alguma maneira de conquistar o planeta.

Por isso, não adianta formar fila em frente a shopping, colando para-choques em locais de embarque e desembarque, pra evitar que “concorrentes” parem pra deixar ou pegar clientes. Chega a ser risível. Só serve pra prejudicar a imagem da classe. Na matéria que publicamos a respeito, a maioria dos comentários trazia críticas aos taxistas pela postura.

Exemplo

Há pouco mais de um ano, outra mente brilhante criou um aplicativo com funcionamento parecido. Conecta manicures e cabeleireiros a pessoas que buscam esses tipos de serviços. O atendimento acontece diretamente na casa da(o) cliente. Seria o fim dos grandes salões, que cobram altas taxas desses profissionais? Talvez, desde que eles não saibam se reinventar, mantendo-se atrativos.

Nesse exemplo o desafio é grande. A plataforma em questão, que se chama Singu, faturou já em seu primeiro ano (2016) mais de R$ 1 milhão e estava, no fim de 2017, com 120 mil usuários cadastrados e mais de mil profissionais. Por enquanto, só na grande São Paulo e Rio de Janeiro.

Voltando aos carros; Uber abriu o mercado curitibano de “caronas pagas” e foi seguido por outros gigantes, como 99POP e Cabify. Nada impede que outros surjam. E sabe o mais legal de tudo isso? O maior beneficiado, no fim das contas, é você. Que pode escolher o melhor serviço, usar, avaliar, ajudar ele a ficar melhor ou enterrar a iniciativa com uma onda de avaliações negativas.

A isso se dá o nome de livre concorrência, livre mercado. Sobrevive e avança quem for melhor, prestar o serviço com mais qualidade, pelo preço mais justo. Simples assim, sem necessidade de pirraças.