Acidente de trânsito? Você decide, meu caro

Amarelo é cor de alerta. E, quando pinta na primeira página da Tribuna, é sinal de atenção especial ao trânsito. O movimento Maio Amarelo começou há alguns anos com uma proposta bem clara: colocar luz sobre o alto índice de mortes e feridos nos acidentes de trânsito mundo afora. E nós, que noticiamos essa realidade no dia-a-dia, fazemos questão de endossar a iniciativa.

A contabilidade do asfalto, infelizmente, é triste. Ano passado, em todo o Paraná, foram mais de 5 mil acidentados. Na grande maioria dos casos, motociclistas. No Brasil, segundo o Datasus, são 45 mil mortes anuais e mais de 160 mil pessoas que escapam das colisões com algum ferimento. Trombadas que, via de regra, têm como motivação a imprudência. E tudo isso custa muito caro.

Números

O mesmo levantamento, conforme nos contou a repórter Giselle Ulbrich, mostra que tudo isso custa cerca de R$ 50 bilhões por ano à sociedade brasileira. Numa conta rasa, considerando apenas os atendimentos emergenciais. Há que se somar, ainda, os gastos com internamentos complementares, cirurgias, próteses e tratamentos. Fica claro, sem ter que pensar muito, que o melhor seria agir com prudência e zelo, qualquer que seja o veículo de transporte.

O tema de 2017 da campanha é mais que providencial: #MinhaEscolhaFazADiferença. Livre arbítrio na essência, pessoal. Direto ao ponto, é você quem escolhe se vai ou não atender o celular, se vai ou não beber antes de assumir o volante, se vai ou não afivelar o cinto de segurança. As palavras repetidas são pura provocação. Assim como é livre pra decidir o que fazer, deve aceitar com igual abertura as consequências dessas escolhas.

Quem bebe, dirige e causa um acidente não pode dizer que não sabia dos riscos. O mesmo vale pra quem “pilota” acima da velocidade permitida nas vias públicas, ou insiste em interagir com seus contados do WhatsApp enquanto guia, ou simplesmente esquece de se prender ao banco antes de engar a primeira marcha.

Passemos o mês, portanto, atentos ao alertas e dicas. Melhorar esta realidade só depende de nós!